Mercedes lidera mercado premium mundial

A Mercedes conseguiu superar em cerca de 80.000 unidades a performance comercial do seu rival da BMW, que ainda assim obteve pelo sexto ano consecutivo um recorde de vendas. A Audi, que fecha o pódio, também nunca antes tinha vendido tantos automóveis num só ano. No entanto, cada vez são mais os concorrentes aos fabricantes germânicos no segmento premium.   A Mercedes arrebatou em 2016 a liderança do mercado automóvel premium mundial à BMW e as perspetivas são animadoras para os lados de Estugarda, já que o ritmo de crescimento da marca da estrela é superior ao dos seus rivais. Confirmando o que os resultados de vendas trimestrais faziam prever, a Mercedes obteve uma evolução positiva das vendas de 11,3%, quer permitiu transacionar um total de 2083888 veículos, sendo destacada a boa performance demonstrada pelo "best-seller" Classe C, pelos compactos das famílias A e B e ainda o resultado do Classe S, que se assume como a limousine de luxo mais adquirida a nível global. Com as perspetivas das submarcas de performance desportiva AMG e de luxo Maybach a serem também positivas, outro dos trunfos esteve na gama de SUVS composta pelos GLA, GLC, GLC Coupé, GLE, GLE Coupé, GLS e Classe G que representa praticamente 35% das vendas, com mais de 700.000 unidades comercializadas. Foi ainda destacada pela Mercedes a oferta de motorizações alternativas, numa gama que conta já com oito híbridos de Plug-In.   A BMW conseguiu também superar a barreira dos dois milhões de veículos transacionados (2003359 unidades), o que significou o sexto recorde de vendas consecutivo e um crescimento de 5,2%. Além disso, o CEO Harald Krueger veio já desvalorizar a perda da liderança do mercado premium, afirmando que o foco não está no volume de vendas mas antes na margem de lucro. Foi destacado pelo fabricante bávaro o resultado da gama de SUVS "X", que atraiu mais 22,3% de automobilistas e significou 644992 viaturas saídas dos concessionários, e outros resultados notáveis foram os da gama Série 2 e do Série 7 (+69,2%). Para 2017 a expetativa é que o novo Série 5 ajude a aumentar ainda mais os totais de vendas.   Apesar de colocada no terceiro lugar do pódio, também a Audi tem motivos para festejar, pois a melhoria da performance comercial em 3,8% comparativamente ao período homólogo, para um total de 1871350 veículos comercializados, significou um novo recorde de vendas. Com o A4 a liderar o seu segmento a nível europeu e o Q7 a crescer 43,6% no mercado, é destacado ainda o esforço que tem vindo a ser implementado na renovação da gama do fabricante de Ingolstadt.   A vida não está, no entanto, facilitada para este triunvirato germânico, já que cada vez são mais os concorrentes a apostar no segmento premium. Além da ameaça que representam marcas como a Volvo (também com novo recorde de vendas) e a Alfa Romeo (que está a implementar uma ofensiva de mercado onde já se englobam o Giulia e o Stelvio), também no campo das novas motorizações os rivais são de peso. Além da Tesla que já se afirma em vários mercados como alternativa aos premium germânicos, há que destacar o interesse por novas marcas como é o caso da Faraday Future, que nos dois dias após a apresentação do SUV FF91 recebeu um total de 64000 encomendas para este modelo. Um resultado espantoso para uma marca que não tem ainda nenhum automóvel no mercado, e ainda mais notável se tivermos em conta que a fase de encomendas para o FF91 na Europa ainda não foi inaugurada.