Mercedes GLE 350 de. O melhor híbrido plug-in

A Mercedes anuncia 106 km de autonomia elétrica para o GLE 350 de. O melhor dos híbridos plug-in chega com o Verão, com o preço a começar nos 84 700€.

A Mercedes anuncia 106 km de autonomia elétrica para o GLE 350 de. O melhor dos híbridos plug-in do momento chega com o Verão, com o preço a começar nos 84 700€. Já a versão Coupé (96 650€) é lançada no final do ano

O Mercedes-Benz GLE passa a contar, no início do Verão, com a motorização híbrida plug-in que tem por base o bloco de quatro cilindros turbodiesel, com 194 cv e um motor elétrico de 136 cv, o que resulta numa potência combinada de 320 cv. A característica mais relevante é, porém, a autonomia anunciada em modo elétrico: 106 km (NEDC).

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Na Áustria guiámos versão Coupé (chega no final do ano) que tem menos 60 mm na distância entre eixos, para favorecer a agilidade. O comprimento total (4,94 metros) é superior ao da geração anterior e assegura uma excelente habitabilidade. A grelha de grandes dimensões, os faróis Full LED, as jantes que podem chegar às 22 polegadas, o para-brisas bastante inclinado e, principalmente, o tejadilho a cair suavemente para a traseira, para acentuar o perfil desportivo, são alguns dos principais elementos distintivos desta versão Coupé.

Além da referida proposta híbrida plug-in, contará, com uma motorização de seis cilindros diesel de 3.0 litros (GLE 400 d que custará 126 350€) com 330 cv e três versões AMG a gasolina eletrificadas (um motor elétrico de 22 cv): GLE 53 (132 600€) com 457 cv, GLE 63 (201 050€) com 593 cv e GLE 63S (214 650€), com 634 cv.

O Mercedes GLE Coupé estará disponível com duas versões AMG, ambas eletrificadas
O Mercedes GLE Coupé estará disponível com duas versões AMG, ambas eletrificadas

Chassis apurado

O GLE Coupé beneficia de boas cotas de habitabilidade, quer à frente, quer na traseira. O conforto ditado pelos bancos envolventes (que podem receber massagem e ventilação) e a qualidade dos materiais estão, também, em destaque, tal como o equipamento que recorre às tecnologias mais avançadas. É o caso do sistema MBUX que maximiza as potencialidades da inteligência artificial, respondendo com precisão às instruções vocais dadas pelo condutor.

Com as tecnologias de segurança e infoentretenimento mais avançadas, o Mercedes GLE Coupé 350 de foi, também, objeto de atenção especial ao nível da afinação do chassis e de todos os detalhes capazes de influenciar a dinâmica. Além da distância entre eixos mais curta 6 centímetros, também as vias são mais largas, ao mesmo tempo que as rodas foram "puxadas" para as extremidades.

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O centro de gravidade, que poderia ser prejudicado pela maior altura ao solo, sai beneficiado mas aquilo que faz a diferença é a suspensão e as possibilidades de acerto do chassis, bem como a transmissão integral 4MATIC que tem como novidade o facto de a potência poder variar entre 0 a 100% para cada um dos eixos. Normalmente é privilegiado o trem traseiro, para favorecer a dinâmica de condução, mas logo que é detetada a necessidade de transferir binário para as rodas dianteiras um sistema de embraiagens encarrega-se de o fazer.

A gestão é totalmente automática e leva em conta as condições de aderência e o tipo de condução que escolhemos no Drive Select e que nos oferece quatro opções: Eco, Confort, Sport e Individual, permitindo-nos ajustar a reatividade do acelerador, a resposta da direção (que é sempre mais direta no Coupé do que na versão normal) e, claro, a firmeza do chassis e da suspensão.

A distância entre eixos da versão Coupé é 6 centímetros mais curta para favorecer a dinâmica. A altura ao solo também é menor
A distância entre eixos da versão Coupé é 6 centímetros mais curta para favorecer a dinâmica. A altura ao solo também é menor

Neste caso, estão disponíveis duas opções: multibraços, com triângulos sobrepostos e molas e amortecedores convencionais, e pneumática (Airmatic) que pode estar associada ao sistema E-Active Body Control que ajusta de maneira individual a firmeza de cada uma das molas. O sistema está associado ao Road Surface Scan e ao sistema de navegação, o que permite que a suspensão e o acerto do chassis se ajustem por antecipação. A suspensão pneumática tem ainda a vantagem de, em autoestrada, reduzir a altura ao solo em 15 milímetros, favorecendo a aerodinâmica; quando o carro está parado, basta pressionar um botão e a suspensão pode fazer a plataforma de carga descer até 50 mm, facilitando a arrumação de objetos mais pesados.

Condução inteligente

A principal novidade é, como dissemos, a versão híbrida plug-in (350de) que começa por esta disponível já no Verão, na carroçaria convencional do SUV GLE. Combina o bloco de quatro cilindros turbodiesel de 2.0 litros com 194 cv e um motor elétrico de 100 kW (136 cv), o que assegura uma potência combinada de 320 cv e um torque máximo combinado de 700 Nm. Trata-se, no essencial, do sistema híbrido já conhecido dos Mercedes C e E 300 de, residindo a diferença principal no aumento da potência do motor elétrico.

O interior beneficia de todos os avanços mais recentes no domínio da digitalização, com destaque para o sistema de assistência MBUX que recorre à inteligência artificial
O interior beneficia de todos os avanços mais recentes no domínio da digitalização, com destaque para o sistema de assistência MBUX que recorre à inteligência artificial

Como nos referiu Christoph Grossmann, responsável pelos sistemas híbridos plug-in na Mercedes, o aumento da potência tem a ver "com o facto de estarmos perante uma segunda geração destes sistemas; uma evolução daquele que está nas classes C e E". Essa evolução tem a ver, claro, com a utilização, como referimos, de um motor elétrico de maior potência (100 kW em vez de 90 kW) mas, também, com a utilização de uma bateria de maior capacidade, que chega aos 31,2 kWh, em vez de 13,5 kWh, como acontece nos dois modelos referidos.

Este é mesmo o elemento chave do Mercedes-Benz GLE Coupé 350 de. Apesar do aumento do número de módulos e do peso (pesa quase mais 100 kg), a sua colocação não penalizou o compartimento de bagagem (a plataforma de arrumação é totalmente plana) nem o comportamento. As vantagens, por seu lado, são convincentes, como testemunhámos num trajeto de montanha, estrada plana e cidade, com a Mercedes a anunciar uma autonomia elétrica de 106 km (ciclo NEDC), enquanto nós, numa utilização sem preocupações, verificámos que esse não é um valor demasiado "romântico", como tantas vezes acontece. Em destaque, também, o aumento da capacidade de regeneração da energia produzida durante as travagens ou em desaceleração, podendo esta ser ajustada através das patilhas que servem para acionar a caixa de velocidades.

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Além dos programas de condução já referidos, esta versão híbrida plug-in conta com dois modos adicionais: Electric, para uma condução 100% elétrica e Battery Level, servindo este último para reservarmos a energia elétrica para quando ela é mais eficiente (condução em cidade, por exemplo). Isto porque, em qualquer um dos restantes programas o motor elétrico está sempre em "funções" para aumentar a disponibilidade de potência ou para ajudar a uma condução mais eficiente. Ainda em relação à capacidade de regeneração, num trajeto de aproximadamente 20 km a descer a montanha, que iniciámos com uma autonomia elétrica de 18 km, à chegada e sem esforço, essa mesma autonomia tinha alcançado os 41 km... só em regeneração.

Apesar da utilização de um modulo de bateria com grande capacidade, a bagageira não foi prejudicada, apresentando um fundo totalmente plano
Apesar da utilização de um modulo de bateria com grande capacidade, a bagageira não foi prejudicada, apresentando um fundo totalmente plano

Além de poder rolar em modo 100% elétrico até aos 160 km/h, outro dado relevante deste Mercedes-Benz GLE Coupé 350 de prende-se com o tempo de carregamento. Num carregador de 100 kWh podemos dispor de 80% da autonomia em 20 minutos (ou seja, da energia necessária para 80 km), enquanto num carregador normal de 3,7 kWh a totalidade da bateria é carregada em quatro horas. De referir, por fim, que o consumo médio anunciado para os primeiros 100 km é de 1,1 litros, a que correspondem emissões de CO2 de 30 g/km.