O horizonte daquela que a quem muitos apelidaram "o futuro da Fórmula 1", parece cada vez mais negro. Isto, depois de, também a Mercedes-Benz, ter acabado de anunciar, a sua saída do Mundial de Fórmula E, no fim da temporada de 2021/2022.
Depois da Audi e da BMW, também a Mercedes-Benz decide abandonar a Fórmula E, três temporadas após o ingresso, e logo no ano em que conquista o campeonato.
Quanto aos motivos para esta decisão, a Mercedes-Benz aponta a "nova orientação estratégica" definida pela Daimler, proprietária da marca Mercedes, na sequência da qual foi decidido "transferir os recursos [alocados à Fórmula E] para uma eletrificação acelerada, com o objetivo de oferecer três plataformas totalmente elétricas, em 2025", pode ler-se no comunicado entretanto divulgado.
Ainda no mesmo comunicado, a marca da estrela afirma que pretende "aproveitar a experiência adquirida" no Campeonato do Mundo de monolugares elétricos, para o desenvolvimento dos seus modelos de produção, nomeadamente, elétricos.
Apesar desta decisão, a Mercedes-Benz também aproveita para reafirmar a aposta no Mundial de Fórmula 1, através da qual promete continuar a acelerar o progresso tecnológico, uma vez que "a F1 oferece um potencial de transferência tecnológica [para os veículos de produção em série], como é possível ver em projetos como o Vision EQXX", defendeu o chefe de operações da Mercedes-Benz, Markus Schäfer.
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Recorde-se que o anúncio da Mercedes-Benz acontece, precisamente, na altura em que a marca conquista os campeonatos do Mundo de Pilotos e Equipas, na Fórmula E.
De resto e fruto, também, do sucesso do projecto, a Mercedes-Benz revela, ainda, que está, neste momento, a "explorar alternativas", como forma de manter a escuderia em competição, embora com novos donos, a partir de 2022.