O CEO da Daimler AG Ola Källenius assegurou aos acionistas que a versão de produção do Mercedes-Benz EQS terá uma autonomia superior a 700 km. Garantiu ainda que este modelo está a ser desenvolvido de raiz como um elétrico e não como uma transformação do novo Mercedes-Benz Classe S.
Na reunião anual de acionistas da Daimler AG, que este ano se realizou apenas em formato online devido a crise da pandemia do coronavírus, o CEO Ola Källenius revelou algumas das novidades que irão ser lançadas a curto prazo.
Na sequência dos primeiros detalhes acerca do Mercedes-Benz Class S que será apresentado no próximo mês de setembro, o finlandês aproveitou para avançar mais algumas informações sobre o novo topo de gama elétrica da marca alemã, o EQS.
Ola Källenius sublinhou que este modelo está a ser desenvolvido de raiz como um veículo elétrico e não como uma transformação / adaptação da próxima geração do Classe S.
Autonomia de referência
A versão de produção terá uma autonomia semelhante à do protótipo apresentado em 2019. Isto significa um raio de ação entre carregamentos superior a 700 km, graças às baterias produzidas internamente pela fábrica da Daimler de Stuttgart-Untertürkheim.
A autonomia anunciada pelo CEO da Daimler é baseada no ciclo de testes WLTP (Worldwide Harmonized Light Vehicle Test Procedure), introduzido em setembro de 2018, que é bastante mais realista do que o anterior NEDC (New European Driving Cycle).
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O novo Mercedes-Benz EQS vai procurar superiorizar-se, em termos de autonomia, ao Tesla Model S Long Range, que tem um valor homologado nos Estados Unidos de 647 quilómetros (EPA) e é considerado o primeiro veículo elétrico à venda naquele mercado com mais de 600 quilómetros.
Na Europa, o Tesla Model S Long Range, recorde-se, foi homologado com uma autonomia de 610 quilómetros em ciclo WLTP.
Além do Tesla Model S Long Range, o Mercedes.Benz EQS também terá de enfrentar a concorrência de outros modelos segmento premium e que anunciam autonomias superiores a 600 quilómetros: o novo Jaguar XJ, que será totalmente elétrico, mas só chegará no final de 2021, ou a versão elétrica da nova geração do BMW Série 7. A Audi, por sua vez, também prevê lançar o A9 e-tron em 2024.