Depois do desvendar antecipado de alguns aspectos específicos, tais como o interior, eis que a Mercedes-Benz apresenta, de forma oficial e definitiva, o seu novo topo de gama 100% elétrico, EQS. Berlina com um dos melhores coeficientes aerodinâmicos do mercado, tecnologia state of the art, além de dois níveis de potência e uma autonomia de 770 km. Em Portugal, a seguir ao verão.
Depois de muito esperar, eis que o momento chegou: a Mercedes-Benz apresentou, numa conferência de imprensa online liderada pelo CEO da marca, Ola Källenius, mas que passou por vários pontos do globo e teve vários outros protagonistas, o seu muito aguardado topo de gama elétrico EQS. O qual, embora já muito escalpelizado ao longo dos últimos meses, fruto também das informações que foram sendo divulgadas, não deixa de confirmar o "apontar de armas" àquelas que são, atualmente, as referências no mercado - Tesla Model S, Porsche Taycan e Audi e-Tron GT.
A justificar esta certeza, o anúncio, entre outros, da oferta de Nível 3 de condução autónoma, graças ao recurso à tecnologia LIDAR, câmaras e toda uma tecnologia de ponta, assim como a uma inteligência artificial que, recorrendo a 8 CPUs, 24 GB de RAM e uma capacidade de processamento de 46.4 Gbites por segundo, permite não só a atualização over-the-air de todo o software, como também todas as potencialidades do impressionante MBUX Hyperscreen - conjunto de ecrãs que, na sua versão maior (e opcional), praticamente ocupam todo o tablier.
Bateria de 107,8 kW a anunciar 770 km de autonomia
Igualmente a justificar a rivalidade, a confirmação de uma autonomia que, na versão com bateria maior, surge capaz de colocar o EQS no mesmo patamar do rival norte-americano, Tesla Model S. Com a Mercedes-Benz a anunciar, para o EQS, 770 quilómetros com uma só carga, já segundo a mais exigente norma WLTP, contra os anunciados quase 838 km da nova versão de topo, Model S Plaid.
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A justificar esta garantia, a opção por uma bateria com uma capacidade declarada de 107,8 kW e que, em termos de carregamento, tanto pode receber energia através de um ponto de carga público AC, com potência entre os 11 e os 22 kW, como através de uma wallbox específica, a fornecer carregamentos DC até 200 kW. Sendo que, em termos de tempos de recarga, a marca alemã anuncia valores que vão desde os 31 minutos (carga completa através corrente DC), até às 5 horas num posto público de 22 kW, e até às 10 horas numa tomada AC de 11 kW.
No entanto e em alturas em que o condutor não tenha disponibilidade para estar esse tempo à espera, a Mercedes-Benz também garante que, bastam 15 minutos em tomada DC, para garantir energia suficiente para fazer mais entre 280 e 300 km.
Dois níveis de potência, a mesma bateria
A explicar, igualmente, esta diferença e segundo a TURBO também conseguiu apurar, o facto do Mercedes-Benz EQS surgir, no início da comercialização, com duas motorizações, a que foi dado a designação comercial de EQS 450 e EQS 580. Ambas a recorrerem à mesma bateria de 107,8 kW, mas a anunciarem potências distintas: 245 kW (333 cv) a primeira, 385 kW (523 cv) a segunda.
Aliás, a fazer, igualmente, a distinção, surge o facto da versão mais potente contabilizar apenas um motor elétrico, em princípio, colocado sobre o eixo traseiro, ao passo que o EQS 580 anuncia, de série, sistema 4MATIC, ou seja, tracção integral permanente. Solução que deverá ser assegurada com o recurso a dois motores elétricos, um em cada eixo.
Quanto a prestações, os dados falam numa capacidade de aceleração do EQS 450, na marca dos 0 aos 100 km/h, em 6,2 segundos, ao passo que o EQS 580 consegue fazer a mesma aceleração, mas em 4,3 segundos. Já quanto à velocidade máxima, está fixada, em ambos os casos, nos 210 km/h.
Chega depois do Verão... também a Portugal
Finalmente e segundo a TURBO também apurou, junto de fonte da Mercedes-Benz Portugal, o EQS deverá ficar disponível, no nosso País, logo a seguir ao verão, com as duas motorizações atrás referidas.
Por definir, continuam, no entanto, os níveis de equipamento com que o futuro topo de gama elétrico será comercializado, assim como os preços. Os quais, garantiu a nossa fonte, só deverão ficar acertados, bem mais perto da data precisa de lançamento - também ela, ainda, por definir.
