Mais 20% de autonomia. Mercedes-Benz EQG vai estrear bateria de silício

O Mercedes-Benz EQG, que deverá ser lançado em 2024 ou 2025, vai estrear as baterias com ânodos de silício, que segundo o seu fabricante

O novo Mercedes-Benz EQG, que deverá ser lançado em 2024 ou 2025, vai estrear as baterias com ânodos de silício, que segundo o seu fabricante, a Sila, têm uma maior densidade energética, são mais leves e compactas. A empresa anuncia um aumento da autonomia até 20%.   

A start-up norte-americana Sila, especializada em materiais para baterias, anunciou que os seus ânodos de silício "Titan Silicon" já estão disponíveis para produção em massa, devendo esta tecnologia ser estreada pelo Mercedes-Benz EQG.

Segundo a start-up californiana, os ânodos de silício têm capacidade para armazenar dez vezes mais energia do que a grafite e outras ligas metálicas no mesmo espaço, o que significa que esta solução é indicada para baterias de veículos elétricos.

Mercedes-Benz Concept EQG

Os primeiros resultados demonstraram um aumento até 40% na densidade energética dos ânodos baseados em silício (Si-LIB). Contudo, o silício também tem a propriedade de expandir e contrair, sendo isso considerado negligenciável na utilização em veículos elétricos.

12 anos de desenvolvimento

A Sila angariou mais de 930 milhões de dólares para desenvolver esta tecnologia, processo que se desenrolou nos últimos 12 anos. A empresa refere que os ânodos de silício permitem um aumento imediato da autonomia do veículo até 20%, o que nalguns veículos se pode traduzir num alcance superior a 130 quilómetros entre carregamentos.

Além disso, as novas baterias com ânodos de silício também podem melhorar a capacidade de carregamento, recuperando entre 10% a 80% da capacidade de carga em menos de 20 minutos, existindo já planos para diminuir o tempo de imobilização para carregar.

A Sila reivindica que alcançou estes resultados sem sacrificar o ciclo de vida das baterias e também conseguiu reduzir o peso até 15% e poupar 20% de espaço. Por outro lado, a bateria de silício produz menos 50% a 75% de dióxido de carbono por kWh do que a de grafite durante a produção, diminuindo, assim, o impacto ambiental. 

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A Sila pretende produzir material suficiente para as baterias de um milhão de veículos elétricos nos próximos cinco anos, começando pelo Mercedes-Benz EQG. O construtor de Estugarda fez os primeiros investimentos nesta empresa em 2019, já que procurava materiais avançados para as baterias dos seus veículos elétricos. Aquele SUV elétrico deverá ser lançado em 2024 ou 2025, altura em que as novas baterias com ânodos de silício também deverão estar disponíveis.