Numa altura em que prepara a entrada do icónico modelo numa nova era, a Mercedes-Benz resolveu mostrar uma das mais invulgares supostas aptidões do futuro Classe G 100% elétrico - a capacidade de rodar sobre si próprio, característica a que a marca da estrela dá o nome de "curva G". E que, feito de forma sincronizada, por, não uma, mas quatro unidades EQG, resulta num atraente bailado, que merece ser admirado.
O momento, que teve lugar na famosa Las Vegas Strip, nos EUA, durante o último CES 2024, foi captado em vídeo pela própria Mercedes, enquanto golpe publicitário para um modelo cuja versão de produção só deverá ser oficialmente conhecida durante este ano de 2024. E que o site norte-americano Motor1 se encarregou, entretanto, de disseminar, para nosso gaúdio, que respeitosamente aqui o reproduzimos.
Equipado com um motor elétrico em cada roda, solução que lhe permite rodar sobre si mesmo, a verdade é que o bailado levado a cabo pelos quatro EQG, ainda de camuflado, torna-se particularmente cativante, pelo sincronismo com que é realizado. Com as capacidades dos condutores a contribuírem para uma ainda maior exaltação das potencialidades dos veículos.
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Contudo e apesar da exibição, é preciso recordar que a Mercedes ainda não garantiu que a versão de produção do EQG possa vir a beneficiar desta mais valia. Desde logo, porque e apesar de já ter sido já mostrada por outros fabricantes de automóveis elétricos, em protótipos e concepts, nunca transitou para os respectivos veículos de produção, pelas mais variadas razões - técnicas, ambientais, etc…
Ainda sobre o Mercedes-Benz EQG, vale a pena também destacar o facto do fabricante já não fazer qualquer esforço para esconder, por exemplo, aquelas que serão as linhas exteriores do modelo. Com a marca alemã assumir, inclusivamente e desde já, que o todo-o-terreno beneficiará de uma suspensão dianteira independente e eixo traseiro rígido, soluções aplicadas numa plataforma concebida especificamente para veículos elétricos.
No entanto e porque se trata de um modelo com aspiração a aventuras duras fora de estrada, o chassis contará com painéis inferiores em carbono-kevlar, como forma de proteger os componentes do sistema de transmissão.
Com 680 cv… e 1.300 km de autonomia?!
Quanto às especificações do trem de força, pouco ou nada se sabe, a não ser que será exclusivamente elétrico e, muito provavelmente, a debitar, com os seus quatro motores em conjunto, uma potência entre os 608 e os 680 cv.
No apoio ao propulsor, uma bateria que poderá ser de iões de lítio, com química de ânodo de silício, e que poderá garantir um alcance que algumas fontes afirmam poder chegar aos 1.300 quilómetros.
Valor que, a ser verdade, será algo de verdadeiramente extraordinário, até por se tratar de um modelo cujas linhas exteriores prometem pouco ligar à aerodinâmica…