Hoje em dia já com uma forte ligação, Aston Martin e Mercedes-benz preparam-se para levar, ainda mais além, esta parceria. Mais concretamente, através da aquisição, por parte da marca da estrela, de uma importante posição accionista na estrutura do fabricante britânico, o qual passará, assim, a beneficiar ainda mais de tecnologia do construtor alemão.
A notícia é avançada pela britânica Autocar, acrescentando que, este novo acordo, vem tornar ainda mais estreita a relação entre Mercedes-Benz e Aston Martin. Nomeadamente, no capítulo tecnológico, com a marca britânica a passar a ter acesso a uma maior quantidade de tecnologia Mercedes, inclusive, as novas motorizações elétricas e híbridas.
De resto e em comunicado divulgado esta terça-feira, a Aston Martin revela, precisamente, que o novo acordo inclui a partilha, por parte da marca alemã, das "atuais arquitecturas de motores (convencionais, híbridos e elétricos), assim como das futuras arquitecturas elétricas/electrónicas, em todos os produtos a lançar até 2027".
De recordar que, em 2019, a Aston Martin não foi além das 5.862 unidades transaccionadas.
Graças a esta partilha, a Aston Martin prevê, desde já, passar a vender um total de 10.000 veículos por ano, em 2025, o que deverá resultar em lucros na ordem dos dois mil milhões de libras (pouco mais de 2,2 mil milhões de euros) e lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, de cerca de 500 milhões de libras (mais de 550 milhões de euros).
Com o acordo agora alcançado, a Mercedes-Benz, que até aqui detinha 5% da estrutura accionista da Aston Martin, assume o compromisso de aumentar gradualmente a sua posição, até um máximo de 20%. Garantindo, dessa forma, uma capacidade financeira importante para a marca britânica, ao mesmo tempo que se torna um dos seus principais accionistas.
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Quanto à tecnologia, será disponibilizada, também segundo o acordo, "numa base comercial". Permitindo, dessa forma, aumentar a "presença" tecnológica da marca da estrela nos produtos da Aston Martin, que até aqui já tinha acesso ao V8 desenvolvido pela Mercedes, e preparado pela AMG.
Também no comunicado, Lawrence Stroll, o novo homem-forte da Aston Martin, qualificou já este novo acordo como "um momento de transformação" para a marca britânica, já que "garantimos o acesso a tecnologias de classe mundial, capazes de ajudar aos nossos planos de expansão a longo prazo, incluindo, motores elétricos e híbridos".
"Agora, sim, temos a equipa, o parceiro, o plano, e os fundos certos, para transformar a Aston Martin numa das maiores marcas mundiais de automóveis de luxo, no mundo", conclui Stroll.
Recorde-se que a Aston Martin lançou, já este ano, o primeiro SUV da sua história, o DBX, o qual, esperam os responsáveis da marca, virá a representar um papel importante no crescimento das vendas.
No entanto e desde que Stroll se tornou no maior accionista da marca britânica, já foram também cancelados alguns projectos, como foi o caso do lançamento da nova sub-marca Lagonda, sinónimo de veículos elétricos de luxo. Até porque, com o acordo agora assinado, a Aston Martin deixa de necessitar de investir no desenvolvimento da sua própria tecnologia para veículos elétricos, podendo, ao invés disso, utilizar as já desenvolvidas soluções da Mercedes.