Ansiosamente aguardado pelos fãs das marca da estrela, o novo hiperdesportivo da Mercedes-Benz, o AMG One, tem, finalmente, data oficial de apresentação. Ainda que, reconheça-se, tudo menos precisa…
Anunciado, pela primeira vez, em 2017, o Mercedes-AMG One, hiperdesportivo inspirado no monologar com que a marca alemã tem vindo a competir - e dominar - no Mundial de Fórmula 1, tem, finalmente, um dead-line, para apresentação oficial aos ansiosos clientes que aguardam por uma das unidades: meados de 2022.
A notícia foi avançada pela britânica Autocar, culminando, assim, um processo de desenvolvimento que já prolonga por quase quatro anos. Isto, depois, de, aquando do anúncio primeiro, a marca alemã ter anunciado, logo aí, que o hiperdesportivo tinha ainda cerca de 18 meses de desenvolvimento pela frente.
Contudo, apenas um ano após o desvendar, já a própria Mercedes-Benz anunciava que o projecto estava nove meses atrasado, relativamente aos prazos inicialmente fixados.
Trem de força híbrido com red-line às 11.000 rpm
Sobre o carro propriamente dito, a marca da estrela começou por prometer que o modelo contaria com um sistema de propulsão híbrido capaz de atingir as 11.000 rpm, garantindo uma potência máxima de mais de 1.000 cv.
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Embora o fabricante tenha fixado o limite de rotações apenas 3.000 rpm mais baixo que o carro de F1 com o mesmo propulsor, a verdade é que, o mais problema para os engenheiros, foi, não a velocidade de ponta, mas a rotação a baixas velocidades.
"Quando existem perdas na aceleração de um F1, ninguém liga, até porque todos têm presente que o monolugar está a rodar nas 5000 rpm e em marcha lenta. No entanto, num carro homologado para a estrada do dia-a-dia e que tem de circular a marcha lenta, com as rotações nas 1.200 rpm, é preciso que o veículo também cumpra os regulamentos relativos às emissões. Ou seja, é preciso que o motor funcione, também nessas alturas, de forma estável. Caso contrário, as próprias emissões também se tornarão instáveis", comentou o, à época, responsável máximo pela escuderia Mercedes, Tobias Moers.
Um problema já antigo
De resto, em agosto de 2019, problemas com o trem de força foram, mais uma vez, apontados como a razão para mais um atraso. Desta feita, num relatório em que era dito que a Mercedes havia subestimado os desafio de construir um moto V6 de 1,5 litros, capaz de debitar uma tal potência. Ainda para mais, de forma a poder ser, também, utilizável em estrada.
Entretanto e passados mais dois anos, a verdade é que o Mercedes-AMG One já foi observado num estado avançado de desenvolvimento, testando não somente no circuito de Nürburgring, como também em estradas públicas. Sinal de que a marca de Estugarda terá sido capaz de ultrapassar as dificuldades surgidas com o trem de força.
Com anúncio agora feito de um dead-line para a apresentação oficial do hiperdesportivo, confirma-se, mais uma vez, esta indicação, assim como de que, está mais próximo, o momento da entrega do Mercedes-AMG One aos 275 clientes que já reservaram - e pagaram - uma unidade…