Os números de vendas dos dois primeiros meses de 2021 confirmam a tendência de quebra do mercado, com os ligeiros de passageiros a registarem uma diminuição de 47%. Os comerciais ligeiros desceram menos em igual período, 18,5%.
As vendas de ligeiros de passageiros registaram uma quebra de 47,1% nos dois primeiros meses de 2021 face a período homólogo de 2020, revelam as estatísticas da ACAP - Associação Automóvel de Portugal.
Em janeiro e fevereiro de 2021 foram matriculados 18.340 automóveis novos em Portugal face a 18.340 veículos em igual período do ano passado. A tendência de quebra agravou-se mesmo em fevereiro, com 8311 veículos vendidos contra 20.263 no mesmo mês do ano passado, o que se traduz numa quebra de 59%.
Por marcas, a Peugeot foi a mais vendida nos dois primeiros meses de 2021, com 2935 unidades matriculadas, que, mesmo assim, constitui uma quebra de 27% face a período homólogo.
Nos lugares imediatos surgem duas marcas premium, Mercedes-Benz e BMW, com 2076 e 1693 unidades vendidas, respetivamente. Não obstante, ambas também acompanharam a tendência de quebra, com uma diminuição nas matrículas de 31,2% e 28,3%, respetivamente.
O quatro lugar é ocupado por mais uma marca do Grupo PSA, a Citroën, com 1211 unidades comercializadas no acumulado dos dois primeiros meses de 2021, mas a quebra foi de 50,6% face a 2020. Maior foi a queda da Renault, a marca que surge na quinta posição, que viu as matrículas diminuírem 72,4%.
Quebra menor nos comerciais
Nos comerciais ligeiros também se registou uma diminuição nas vendas, embora bastante inferior à dos ligeiros de passageiros. Assim, em janeiro e fevereiro de 2021 foram matriculadas 4139 unidades contra 5079 unidades em igual período de 2020, uma quebra de 18,5%.
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Por marcas, as marcas francesas dominam o segmento, sendo os dois primeiros lugares da tabela de vendas ocupadas pelo Grupo PSA. A Peugeot lidera com 722 unidades, seguindo-se a Citroën, com 667 unidades. No lugar mais baixo do pódio surge a Renault, com 613 unidades matriculadas.
O único segmento a registar uma ligeira subida foi dos pesados de mercadorias, que registou um acréscimo nas matrículas de 2,6%. Resta saber se as unidades matriculadas foram efetivamente comercializadas em Portugal ou vendidas em Espanha, mas registadas no nosso país.