Mercado de camiões. Grupo Nors arrasa concorrência em Portugal

Num mercado português de camiões que decresceu 4% em Portugal, o Grupo Nors arrasou a concorrência em 2022 com as duas marcas Volvo Trucks

Num mercado português de camiões que decresceu 4%, o Grupo Nors arrasou a concorrência em 2022 com as duas marcas Volvo Trucks e Renault Trucks a registarem um crescimento de 15,8%. A marca sueca conquistou a liderança.

As duas marcas de camiões do Volvo Group - Volvo Trucks e Renault Trucks -, distribuídas em Portugal por empresas detidas pelo Grupo Nors, arrasaram a concorrência no mercado nacional em 2022.

Segundo dados da ACAP - Associação Automóvel de Portugal, as duas marcas matricularam 1239 pesados de mercadorias no ano de 2022 contra 1044 no ano anterior, o que se traduz num crescimento de 15,8%. O mercado total, por seu lado, registou uma quebra de 4,0%, tendo sido entregues 4095 unidades.

A marca de pesados representada pela Auto-Sueco, detida Grupo Nors, que mais se destacou foi a Volvo Trucks que desalojou a Mercedes-Benz Trucks da liderança, tendo fechado o ano de 2022 com 768 unidades matriculadas. Será de referir que a Volvo foi a mais vendida quer no segmento de rígidos, quer de tratores. 

Segundo a Auto Sueco Portugal, representante nacional da Volvo Trucks, este resultado "confirma a preferência que os operadores deste importante sector da economia nacional continuam a devotar à marca, conscientes da sua Qualidade, Durabilidade e Eficiência Operacional".

A Renault Trucks, por sua vez, ocupou a quarta posição da tabela de vendas de pesados da ACAP, com 471 unidades matriculadas em 2022, uma diminuição de 8% face a 2021.

Apesar de ter perdido a liderança e baixado para a segunda posição, a Mercedes-Benz Trucks ainda cresceu 2,2 em 2022, tendo matriculado 608 unidades.

Ford Trucks em alta

Em forte ascensão está a Ford Trucks que não só beneficia de uma forte dinâmica comercial, mas também da disponibilidade de produto, o que lhe permitiu ascender ao terceiro lugar, com 478 unidades matriculadas, o que representa um crescimento de 102,5% face a 2021.

A Ford Trucks regista este feito apenas três anos após entrar no mercado português e num período marcado por uma conjuntura nacional e internacional adversa. Bruno Oliveira, CEO da Ford Trucks em Portugal, considera que esta é uma meta importante na história da marca em Portugal e é resultado da confiança dos clientes e motoristas na marca e no modelo F-Max. 

"Estes resultados demonstram a confiança dos clientes e motoristas na nossa marca e modelos, mas foi graças também a uma equipa motivada que foi possível alcançar o terceiro lugar no ranking nacional de veículos desta tipologia", afirma o CEO da Ford Trucks em Portugal.

Scania e DAF para esquecer

A Scania, por sua vez, surge na quinta posição e registou uma estagnação nas vendas, com 462 unidades matriculadas, uma diminuição de 0,4%. Isto deve-se ao facto de alguns clientes tradicionais da Scania estarem a optar por propostas de outras marcas. Melhor resultado teve a Iveco que conseguiu crescer 10,1%, tendo matriculado 403 unidades. 

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Para esquecer foi a prestação da DAF Trucks com uma quebra nas matrículas de 60,1%, com apenas 287 unidades registadas. Nem o facto de ter conquistado por dois anos consecutivos o título de "Camião Internacional do Ano" em 2022 e 2203, com a nova geração XF, XG, XG+ e XD, respetivamente, serviu de muito à marca em Portugal. A pouca (nenhuma) divulgação do produto e o facto de não ter beneficiado de veículos comprados por empresas estrangeiras mas matriculadas no nosso país explicam esta hecatombe.

A MAN também teve um resultado aquém das expectativas, tendo matriculado apenas 257 unidades, isto é, menos 52,0% do que em 2021. A explicação está na falta de disponibilidade de produto porque a marca foi uma das mais afetadas pela guerra da Ucrânia, país que produzia componentes para os veículos da marca alemã.