Só pesados se salvam. Mercado automóvel português mantém depressão

O mercado automóvel em Portugal continua em queda, depois de novas descidas, tanto, em junho, como no acumulado do primeiro semestre.

Continua a depressão do mercado automóvel em Portugal, após um primeiro semestre de 2022 em que as quedas na matriculação de veículos de novos, face tanto a 2021, como a 2019, continuam imutáveis. Única boa notícia: 10,1% dos veículos ligeiros de passageiros novos comercializados, foram veículos elétricos a bateria (BEV).

Completado mais um mês de 2022, neste caso, junho, nova queda no número de automóveis novos matriculados, com o mês seis a fechar as contas com apenas 18.087 veículos transacionados. Ou seja, menos 18,6 por cento que no período homólogo de 2021 e menos 39,2 por cento quando comparado com o mesmo período de 2019.

Contabilizando todo o primeiro semestre, de janeiro até 31 de junho, um total de 89.982 veículos novos matriculados, o que significa uma descida de 9,4 por cento face a 2021 e de 27,5 por cento relativamente a 2019, revelam os dados apurados pela ACAP - Associação Automóvel de Portugal.

Passando à análise por categorias, a conclusão de um junho com 15.510 unidades matriculadas, ou seja, menos, 18,1 por cento face ao mesmo mês de 2021, e menos 38,7 por cento relativamente ao período homólogo de 2019.

O mercado automóvel continua, em Portugal, a sua via sacra
O mercado automóvel continua, em Portugal, a sua via sacra

Analisando a totalidade dos primeiros seis meses de 2022, 75.499 veículos novos matriculados, sinónimo de uma variação negativa de 7,4 por cento quando comparado com 2021 e de uma queda de 28,7 por cento, face ao mesmo período de 2019.

Ainda relativamente às quase 75.500 unidades vendidas e matriculadas, destaque para o facto de 38,9% serem impulsionados por energias alternativas, com 10 por cento destes últimos a ostentarem motorizações 100% elétricas. Já os restantes, eram híbridos.

Pesados em sentido contrário

Passando aos ligeiros de mercadores, uma queda de 30,5 por cento face a junho de 2021, terminando, assim, o mês seis com apenas 1.943 veículos novos matriculados. Já relativamente a junho de 2019, a descida é de 47,0 por cento.

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Em termos acumulados, de janeiro a 31 de junho, um total de 11.730 unidades matriculadas, número que representa um decréscimo de 23,4 por cento face ao primeiro semestre de 2021, assim como uma descida de 24,5 por cento comparativamente  ao mesmo período de 2019.

Melhor panorama apresentam os veículos pesados, de passageiros e mercadorias, que, em junho, registaram um aumento de 26,8 por cento face ao mês homólogo de 2021, tendo matriculado um total de 634 veículos novos. Já face a 2019, a tendência foi oposta, com uma queda de 17,9 por cento.

Relativamente ao primeiro semestre, um total de 2.803 matrículas novas, que assim representam uma subida de 9,2 por cento face ao 2021 e um aumento de 7,2 por cento face a 2019.