Colocar a potência sobre o asfalto é um dos principais desafios para os desportivos de topo, e a McLaren pondera um sistema de tração integral com motores elétricos, que tornaria os modelos da marca híbridos, para lidar com esta questão. Fiel até este momento à tração traseira, a evolução dos modelos da McLaren pode obrigar a marca a optar por passar a ter também potência no eixo dianteiro nas suas futuras propostas. A informação foi confirmada por Mike Flewitt, responsável máximo da marca, que em entrevista à Car and Driver explicou que este poderá ser um requisito obrigatório à medida que se alcançam os limites máximos de "poder de fogo" que podem ser enviados para a retaguarda. Ou seja, caso sejam alcançados patamares ainda mais excelsos que os 916CV do superdesportivo híbrido P1, são precisas alternativas para colocar toda esta potência no asfalto. "Ainda não chegámos a esse ponto, mas estamos perto", explica Flewitt, que ainda disse que "não estamos a planear para já [a tração integral], mas estamos conscientes que é uma direção que podemos querer seguir". Segundo explicam a Car and Driver e outros meios, a solução deverá passar por uma configuração similar à de modelos como o Porsche 918 Spyder e o Honda NSX, em que se obtém tração integral com motores elétricos na dianteira. Ao invés dos sistemas de repartição mais tradicionais, isto representa a opção pela hibridização, com uma combinação entre a combustão e a eletricidade. "A nossa arquitetura híbrida vai ser flexível, e não existe nenhuma razão do ponto de vista da engenharia em trazer um eixo para o centro do carro".