Surgem rumores de que foi confirmado no último fim-de-semana, durante o GP de Itália, o acordo para que a McLaren equipe motores fornecidos pela Renault em 2018, colocando ponto final na pouco proveitosa parceria que teve com a Honda durante os últimos três anos. A paciência da McLaren com a Honda, esperando melhorias no motor fornecido pelos nipónicos para os seus monolugares da Fórmula 1, aparentemente esgotou-se. Segundo tem vindo a ser difundido por diversos meios de comunicação social, os britânicos já têm praticamente concluídas as negociações com a Renault para que seja o fabricante francês a fornecer-lhe motores para a temporada de 2018 do 'Grande Circo'. A parceria terá sido forjada após conversações em Monza (onde se disputou o GP de Itália), que juntaram Cyril Abiteboul e Alain Prost, por parte da Renault, e Eric Boulier e Zak Brown, pela McLaren. Também os responsáveis da FIA e da Liberty Media (detentora dos direitos do campeonato) participaram nas reuniões. Segundo é reportado, faltam apenas limar pequenos detalhes para que o negócio esteja fechado a 100%. Entre as situações que ainda precisam ser discutidas está a validação deste acordo por parte da Honda e da Toro Rosso, já que a Scuderia italiana passaria a contar com motores da marca japonesa. Além disso, a própria denominação a dar ao novo propulsor dos ingleses ainda não está decidida, sendo possível que seja escolhido o nome de um dos patrocinadores da McLaren, tal como acontece na Red Bull com os "motores Tag Heuer" (Renault) dos carros de Daniel Ricciardo e Max Verstappen. Com a permanência de Stoffel Vandoorne confirmada, falta também saber qual será o futuro de Fernando Alonso. O espanhol ainda não fechou contrato para 2018 pois deseja ter garantias de que o carro da formação britânica será competitivo, e esta mudança nos motores seria um ponto a favor da continuidade na equipa. Este acordo, a confirmar-se, coloca fim à agonia que foi a parceria entre a McLaren e a Honda desde 2015, incapaz de repetir os tempos áureos do passado com pilotos como Ayrton Senna e Alain Prost, que tornaram míticos carros como o MP4/4. Porque se o chassis da equipa sempre foi alvo dos mais rasgados elogios, tendo demonstrado a sua valia nos circuitos onde a velocidade era um factor menos importante, a potência do grupo propulsor sempre deixou a desejar. Além dos muitos momentos de rádio com Fernando Alonso a usar palavras como "embaraçoso", ao ser ultrapassado com toda a facilidade pelos outros pilotos, outra questão prendeu-se com a fiabilidade, tendo-se tornado um hábito ver os McLaren recuar lugares na grelha de partida pela troca de componentes. Mesmo com as melhorias notórias obtidas nas últimas atualizações, tudo aponta para uma separação, terminando um "calvário" com prejuízos para a imagem das duas parceiras. Para que comprove como tem sido penoso o percurso da parceria McLaren-Honda nos últimos anos, veja aqui o (longo) vídeo com todas as avarias da equipa de 2015 ao início de junho deste ano. https://www.youtube.com/watch?v=8JDUKXi7ZbU Fontes: Autobild e SkySports F1