Boas notícias para extensa falange de apaixonados do eterno roadster Mazda MX-5: numa altura em que a marca japonesa prepara-se a próxima geração NE, garantida parece estar, desde já, a fidelidade à gasolina, embora através de um novo e revolucionário bloco SkyActiv-X. Para 2024.
A notícia é avançada pela britânica Autocar, que, depois dos rumores segundo os quais o icónico roadster poderia vir a optar por um motor PHEV, ou, quiçá, até mesmo uma motorização eléctrica, isto como forma de corresponder às exigências do Velho Continente, em termos de emissões, vem agora garantir que a decisão está tomada: o pequeno desportivo continuará a ser uma proposta a gasolina, com a nova geração Mazda MX-5 NE a estrear um novo propulsor SkyActiv-X.
Ainda segundo apurou a publicação, este propulsor, um quatro cilindros, conta com um pequeno turbocompressor, acrescido de um sistema de ignição por compressão controlada por faísca (spark-controlled compression ignition, em inglês), como forma de garantir melhor performance, com menores emissões.
Aliás e também como forma de cortar nos consumos e, consequentemente, nas emissões, em agenda está, ainda, a possibilidade desta quinta geração MX-5 poder beneficiar de um sistema elétrico de 48V, também conhecido como Mild Hybrid.
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De acordo com declarações prestadas pela Mazda à revista britânica, este novo motor SkyActiv-X, com 2,0 litros, consegue oferecer 30% mais de binário que a unidade semelhante hoje em dia em comercialização, ao mesmo tempo que reduz, também em cerca de 30%, o consumo de combustível. Sendo igualmente curioso o facto de, no seu site oficial sobre o novo motor, a marca nipónica frisar que este novo bloco foi concebido "em prol de uma verdadeira eficiência no mundo real, e não para apenas corresponder às normas instituídas em termos de consumos e emissões".
Com a introdução deste SkyActiv-X 2.0, a Autocar também refere ver como muito difícil a manutenção, na futura geração, de uma motorização 1.5 litros. Acreditando mais e pelo contrário, num cenário em que só exista o 2.0 litros, embora com vários níveis de potência.
Garantida parece estar, igualmente a manutenção da muito apreciada caixa manual, sendo que a Mazda está a fazer, também, todos os esforços para manter o peso, o mais baixo possível. Sendo, de resto, essa a principal razão porque o construtor não admite tornar o MX-5 uma proposta híbrida plug-in, e muito menos 100% elétrica. Já que, com as introdução de baterias maiores, seria a experiência de condução a sofrer, algo que a Mazda não admite sacrificar.
Mais moderno mas não demasiado agressivo
Finalmente e no que à estética diz respeito, as notícias apontam no sentido de que o MX-5 possa vir a receber uma atualização de linhas e, principalmente, uma nova grelha e LEDs na diagonal, embora, salienta a publicação, sem tornar o desportivo demasiado agressivo.
Ao mesmo tempo, surge, também, a promessa de uma melhoria em termos de qualidade dos materiais, a adopção de instrumentação digital e comandos mais modernos, em linha com os apresentados nos produtos mais recentes do construtor de Hiroshima.
Recordar, ainda, que, a próxima geração MX-5, a qual deverá ostentar a designação NE, é esperada dentro de três anos, sensivelmente. Ou seja, durante o ano de 2024.