Com motor atmosférico de quatro cilindros em linha e 2.5 litros, o novo Mazda CX-60 encontra-se em contraciclo com a tendência do mercado europeu. Para se tornar mais apelativo estreia a primeira motorização híbrida recarregável do construtor de Hiroshima.
Desenvolvido sobre a Skyactiv Multi-Solution Scalable Architecture, o Mazda CX-60 PHEV monta o motor em posição longitudinal. Esta solução permite estender o capot, aumentando o volume da secção dianteira para maior proteção dos peões em caso de atropelamento. Infelizmente, em Portugal esta opção de segurança condena-o à classe 2 nas portagens.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-11.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-7.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-8.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-9.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-10.jpg]Com 4,75 metros de comprimento, o Mazda CX-60 encontra-se no mesmo patamar do Mercedes GLC Coupé (4,74 m), BMW X3 (4,71), Volvo XC60 (4,69m), Audi Q5 (4,68 m) ou Lexus NX (4,66 m). os 570 litros da mala também não têm rival.
Oferecem um plano de carga acessível e amplo. O portão tem movimento elétrico e amplitude de abertura limitada que, na altura máxima, o deixa ao alcance da cabeça de utilizadores com mais de 1,85 metros.
Túnel central
Na fila posterior, apesar do espaço correto para as pernas, não há como ignorar o túnel central. À frente, as linhas horizontais do tablier e as dimensões generosas da consola enfatizam o espaço que se vive a bordo do Mazda CX-60 PHEV.
Fiel ao princípio de que os ecrãs táteis distraem o condutor, o monitor central de 10,3'' é controlado por um comando na consola. O painel de instrumentos tem dimensões idênticas e pode ser complementado por um head-up display de boa visibilidade.
Seguindo a mesma filosofia de evitar as superfícies táteis, o módulo da climatização mantém os velhos e fiáveis botões. Por baixo há um carregador sem fios para smartphones, que também dispensam cabos para integrar com Apple CarPlay e Android Auto.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-5.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-15.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-16.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-3.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/08/mazda-cx-60-phev-4.jpg]O conjunto híbrido combina o bloco 2.5 Skyactive-G de quatro cilindros com um motor elétrico de 175 cv, alimentado por uma bateria de 17,8 kWh. O sistema desenvolve 327 cv e 500 Nm, que transformam o CX-60 PHEV no Mazda mais potente de sempre.
Cuidado com a bateria
Os 5,8 segundos do arranque até aos 100 km/h mostram que não é um SUV lento. No entanto, não deverá ultrapassar os 100 km/h para chegar aos 60 km de autonomia EV anunciada. Em circuito misto não conseguimos ir além dos 36 km.
Juntamente com o sistema híbrido, a Mazda estreia uma nova caixa automática de oito velocidades sem conversor de binário. no seu lugar utiliza uma embraiagem de discos múltiplos e um motor/gerador elétrico integrado.
Substituindo o conversor de binário por uma embraiagem, o binário do bloco térmico e do motor elétrico é transmitido diretamente, com passagens rápidas, em teoria semelhantes às de uma transmissão manual. Na prática, a caixa revela-se pouco precisa, sem a suavidade caraterística das transmissões PHEV/elétricas.
Durante a condução EV dá a sensação de hesitar entre a primeira e segunda velocidades. Um problema que parece limitado às passagens de caixa lentas. Em estrada recupera a progressividade esperada de um PHEV.
Suspensão firme
Seguindo os modos de condução Sport, Normal, EV e Off-Road, o Mazda CX-60 adapta o comportamento ao espírito do condutor e necessidades do terreno. Gestão do controlo de tração e resposta do motor tão simples como eficaz. A suspensão não sofre alterações, revelando-se mais firme e saltitante em mau piso do que seria desejável.
O controlo de movimentos da carroçaria é correto. A direção rápida é apoiada por uma frente segura e fácil de posicionar. O SUV pesadão e pouco subtil em cidade ganha elegância e ligeireza no pisar em estrada.
Com apenas 36 km percorridos no modo EV, com uma média de 28,7 kWh/100, a média dos primeiros 100 km fixou-se nos 3,9 l/100 km. Muito superior aos 1,5 l/100 km anunciados. Com a bateria descarregada os consumos não baixaram dos 7,3 l/100 km em estrada, empurrando a ponderação final para os 8,4 l/100 km.
Em resumo...
A Mazda estreia-se nos PHEV com aquele que é o seu modelo mais potente de sempre. No entanto, a vertente dinâmica do Mazda CX-60 PHEV, reforçada pela segurança da tração integral, reflete-se negativamente nos consumos. O um ponto negativo ao qual se soma a classe 2 nas portagens.
MAZDA CX-60 PHEV
Preço 57 180 €
Motor Gasolina 4 cil, 2488 cc + elétrico
Potência 327 cv às 6000 rpm
Binário 500 Nm às 4500 rpm
Transmissão Integral, Auto., 8 vel.
Peso 2070 kg
Comp./Larg./Alt. 4,75/1,89/1,69 m
Dist. entre eixos 2,9 m
Mala 570 – 1726 l
Desempenho 5,8 s 0-100 km/h; 200 km/h Vel. Máx.
Consumo 1,5 (3,9*) l/100 km
Emissões 33 g/km
* Medições Turbo
GOSTÁMOS
– Conforto
– Comportamento
– Mala
NÃO GOSTÁMOS
– Caixa
– Consumos
– Autonomia