Até setembro. Matrículas de veículos novos registaram diminuição de 1,3%

As matrículas de veículos registaram uma diminuição de 1,3% entre janeiro e setembro de 2022, mas as tendências dos diferentes segmentos

As matrículas de veículos novos registaram uma diminuição de 1,3% entre janeiro e setembro de 2022, mas as tendências dos diferentes segmentos são opostas: subida nos ligeiros e pesados de passageiros; quebra acentuada nos comerciais ligeiros e pesados de mercadorias.

As matrículas de veículos registaram uma variação negativa de 1,3% nos primeiros nove meses de 2022 face a período homólogo do ano anterior, segundo revelam as estatísticas mais recentes da ACAP - Associação Automóvel de Portugal.

Todavia, a tendência não foi semelhante em todos os segmentos. Nos ligeiros de passageiros assistiu-se a uma ligeira recuperação de 1,1% porque já vão existindo unidades para entrega, embora, nalguns casos, em configurações "fechadas", isto é, o cliente não tem a possibilidade de escolher equipamentos opcionais.

Por outro lado, nos ligeiros de mercadorias assistiu-se a uma quebra das matrículas de 17,4% entre janeiro e setembro de 2022 face a período homólogo do ano anterior, o que se deve sobretudo à falta de produto para entrega.

O mesmo sucede nos pesados de mercadorias com uma quebra de 11,3% nos primeiros nove meses deste ano, o que se pode explicar não só à falta de produto, mas, também, ao arrefecimento da economia.

Renovação de frota nos autocarros

Quanto aos pesados de passageiros verificou-se um forte crescimento de 242%, o que se deve essencialmente à renovação de frota dos operadores que ganharam o concurso para a prestação de serviços na Área Metropolitana de Lisboa. Para cumprir o estabelecido no caderno de encargos, os operadores tiveram de adquirir frota nova.

Os TST, por exemplo, adquiriu 290 autocarros novos à Iveco, naquele que foi o maior investimento de sempre em frota. A Alsa Todi colocou ao serviço 227 autocarros novos de última geração, não só com tecnologia Euro 6, mas, também com propulsão híbrida, elétrica e GNC. 

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A Rodoviária de Lisboa e a Vimeca / Scotturb, que ganharam os lotes do concurso para a zona norte da Área Metropolitana de Lisboa também estão a renovar as suas frota, para tudo estar preparado para o arranque oficial da Carris Metropolitana na margem norte de Lisboa a 1 de janeiro de 2023.

Peugeot segurança liderança

Nos ligeiros de passageiros, a Peugeot manteve a liderança no mercado nacional, com 12.718 unidades matriculadas entre janeiro e setembro de 2022, um aumento de 0,4% face ao mesmo período de 2021, e manteve a sua quota.

No segundo lugar surge a Mercedes-Benz, com 8639 unidades matriculadas, o que significa uma quebra de 3,2% face ao ano passado, Na terceira posição aparece a Renault, com 8221 unidades, menos 31,1% do que nos nove primeiros meses de 2021 por falta de disponibilidade de produto. Por outro lado, quem ainda vai conseguindo ter unidades para entrega ao cliente é a Toyota, que ocupa a quarta posição da tabela, com 7365 unidades matriculadas e um crescimento de 20,4%.

A curta distância está a BMW, com 7208 unidades vendidas, mas com uma quebra de 20,3%, enquanto a Citroën surge na sexta posição, com 6936 unidades matriculadas e um crescimento de 1,7%.

Uma das marcas que mais cresceu entre as dez primeiras da tabela de vendas nos primeiros meses de 2022 foi a Dacia, que matriculou 6587 unidades, o que significa um aumento de 84,9%. 

Nos comerciais ligeiros, a liderança também pertence à Peugeot, com 2807 unidades vendidas, uma variação negativa de 18,8% face aos primeiros nove meses de 2021. Em segundo lugar surge a Renault, com 2258 unidades, menos 40%. A Citroën ocupa a posição mais baixa do pódio com 1985 unidades vendidas, uma diminuição de 18,5% face a período homólogo do ano passado.  

Energias alternativas

Os veículos ligeiros de passageiros equipados com motorizações alternativas à gasolina e ao gasóleo já representam quase 40% das matrículas nos primeiros nove meses de 2022. Os veículos a gasolina passaram a ser os mais vendidos, representando cerca de 42% do total, enquanto as motorizações diesel não vão além dos 18,4%.

Nas energias alternativas, as motorizações híbridas (HEV) representam 16,2% das matrículas. as elétricas a bateria (BEV) 10,7% e as híbridas recarregáveis externamente 9,9%.