Ainda hoje reconhecido como uma referência entre os granturismos italianos, o Maserati Mexico está a comemorar 55 anos sobre o seu lançamento. Para recordar...
Apresentado ao mundo a 6 de outubro de 1966, precisamente com a abertura de portas daquela que foi a 53ª edição do "Mondial de l'automobile de Paris", o Maserati Mexico manteve-se em produção até 1972, como um dos Gran Turismo mais desejados da indústria automóvel. Mas do qual, recorde-se, apenas foram produzidas qualquer coisa como 485 unidades.
Desenhado pela Vignale, o Maserati Mexico destacou-se como um automóvel requintado, com linhas esguias e imaculadas, traduzidas num elegante coupé do tipo 2+2, impulsionado por um potente coração desportivo. Neste caso, graças à adopção de uma derivação para estrada do V8 de competição do 450 S.
O Mexico foi, de resto, o terceiro modelo da marca do tridente a fazer uso desta unidade motriz, depois de já ter sido estreada na primeira geração do Quattroporte, lançada em 1963, e, ainda antes de disso, no 5000 GT de 1959. Embora, sempre com cilindradas e potências diferentes.
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No Mexico, este V8 anunciava, tanto uma cilindrada de 4,2 litros, com 260 cv de potência, como 4,7 litros, com 290 cv. No primeiro caso, a garantir uma velocidade máxima de 240 km/h, ao passo que, no segundo, a anunciar mais 15 km/h - 255 km/h.
A razão do nome
Sobre o nome, cuja real razão acabou perdendo-se na espuma dos tempos, a própria Maserati refere que, entre as hipóteses, surge o pedido de um importante cliente mexicano, que terá adquirido, em 1961, um 5000 GT Allemano, anteriormente pertença do presidente mexicano Adolfo López Mateos.
Protagonista de um acidente, o carro terá sido, então, levado para Modena, para ser reparado, com o seu dono a aproveitar para fazer uma visita à histórica fábrica da Viale Ciro Menotti.
No entanto e durante essa mesma visita, o cliente terá tido oportunidade de ver o protótipo desenhado pela Vignale, tendo ficado tão impressionado, que insistiu, por todos os meios, para que o deixassem comprá-lo. Sendo que solução acabou sendo transferir a carroçaria para o chassis do seu 5000 GT.
Toda esta série de coincidências, segundo consta, levou à escolha do nome 'Mexico' para o futuro modelo.
Um equipamento de topo
Finalmente, a acompanhar linhas apaixonantes, um equipamento, que incluía – de série – bancos em pele, vidros elétricos, painel frontal em madeira, ar condicionado e discos de travão dianteiros servo-assistidos. A caixa automática, a direção assistida e o rádio estavam disponíveis como opção.
Sobre o interior, escrevia-se, então, que era "um salão ao estilo italiano", expressão da identidade italiana e da manufatura típica da Maserati. Algo que, diga-se, a marca continua a perseguir até hoje...