Com o Grecale ainda em stand-by. Maserati anuncia regresso à F1... elétrica

A Maserati acaba de anunciar o regresso, de forma directa, à competição automóvel e, mais concretamente, com o ingresso na Fórmula E, em 2023

Procurando voltar aos tempos de glória de outrora, a Maserati acaba de anunciar o regresso, de forma directa, à competição automóvel. Nomeadamente, através do ingresso no Campeonato do Mundo de Fórmula E, também conhecida como a Fórmula 1 elétrica, já a partir de 2023.

Marca com profundas raízes nas corridas de automóveis, onde, de resto, nasceu, há 96 anos, com a participação do Tipo 26 na edição de 1926 da mítica Targa Florio, a Maserati prepara-se, assim, para recuperar e renovar o espírito competitivo que faz parte do seu ADN. Isto, ao mesmo tempo que se tornará na primeira marca italiana a competir no Campeonato do Mundo de Fórmula E.

Numa altura em que a própria marca de Modena leva a cabo a sua transição para a Mobilidade Elétrica, a estreia na Fórmula E fica, entretanto e desde já, agendada para 2023, ano de arranque da temporada 9 deste campeonato do mundo. Sendo que a estreia, por parte da Maserati, será feita com o monolugar Gen3, que o fabricante promete vir a ser o Fórmula E mais rápido, ligeiro e potente de sempre.

Davide de Grasso [à esq.], CEO da Maserati, ladeado pelo Fundador e Presidente da Fórmula E, Alejandro Agag
Davide de Grasso [à esq.], CEO da Maserati, ladeado pelo Fundador e Presidente da Fórmula E, Alejandro Agag, no momento do anúncio do ingresso em 2023

Igualmente a justificar esta certeza, a promessa, ainda, de que o Gen3 será "o carro de corridas mais eficiente do mundo", mercê da presença de uma série de inovações tecnológicas, de produção, e de design, líderes na indústria.

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De resto e com esta aposta, a marca do tridente espera também vir a acelerar "até à velocidade máxima", o desenvolvimento da Folgore, nome dado à sua gama totalmente elétrica. Algo que, diga-se, não se apresenta, nos tempos que correm, propriamente fácil, conforme demonstram as dificuldades que a marca tem sentido em dar a conhecer o seu novo e futuro SUV, com motorizações híbridas e elétricas, Grecale.

"Estamos muito orgulhosos por regressar ao local a que pertencemos, e por assumir um papel de protagonistas no mundo das corridas", comentou já o CEO da Maserati, Davide Grasso, garantindo que, "na corrida por mais e melhores performance, luxo e inovação, a Folgore é irresistível e a mais pura expressão da essência da Maserati. É por isto que decidimos voltar a competir com o Campeonato do Mundo de Fórmula E, encontrando os nossos clientes nos centros das cidades de todo o mundo, conduzindo o Tridente rumo ao futuro".

O primeiro carro como logótipo do tridente no capot: o Maserati T26, aqui em acção na sua prova de estreia, a Targa Florio de 1926
O primeiro carro como logótipo do tridente no capot: o Maserati T26, aqui em acção na sua prova de estreia, a Targa Florio de 1926

Já Jean-Marc Finot, vice-presidente sénior da Stellantis Motorsport, a divisão de competição do grupo automóvel euro-americano, defendeu ser "um enorme prazer para a Stellantis Motorsport fazer parte do regresso da Maserati à competição". Acrescentando que, a "Fórmula E da Maserati será o nosso laboratório tecnológico para acelerar o desenvolvimento de motores eletrificados de alta eficiência, e de software inteligente para os nossos automóveis desportivos de estrada".

Ausentes das pistas desde 2010

A terminar, recordar, apenas, que a última vez que um monolugar Maserati foi visto em pista foi com a italiana Maria Teresa De Filippis ao volante. Que foi, também, a primeira mulher da história a qualificar-se para um Grande Prémio de Fórmula 1, a bordo de um 250F.

Maria Teresa De Filippis foi a primeira mulher a qualificar-se para um Grande Prémio de F1. Ao volante de um Maserati 250F...
Maria Teresa De Filippis foi a primeira mulher a qualificar-se para um Grande Prémio de F1. Ao volante de um Maserati 250F...

Quanto à última aparição da marca na competição, foi com o impressionante MC12, que venceu 22 corridas (incluindo três vitórias nas 24 Horas de Spa) e 14 títulos da Taça do Mundo FIA GT, nas categorias de Construtores, Pilotos e Equipas, entre 2004 e 2010.