Diz estudo. Um quarto dos elétricos vendidos na Europa em 2024 serão chineses

Um estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente conclui que as marcas chinesas deverão ficar com um quarto do mercado em 2024.

Mesmo com os construtores europeus a tentarem contrariar a difícil realidade, um estudo promovido pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente conclui que as marcas chinesas deverão ficar com um quarto da totalidade do mercado europeu de automóveis elétricos, em 2024. Isto, depois de, no ano passado e apesar do aumento das tarifas da União Europeia, terem assegurado 19,5% de todas as vendas.

O estudo foi divulgado pela Automotive News Europe, salientando aquelas que são as conclusões obtidas pela Federação Europeia de Transportes e Ambiente e que defendem, por exemplo, que o acentuar em 25% das tarifas a aplicar aos veículos elétricos fabricados na China, só conseguirá tornar mais caros as berlinas e SUV de médio porte.

Já as propostas de segmentos mais altos, mas também mais baixos, de entrada, continuarão a ser ligeiramente mais baratos que os concorrentes fabricados na Europa, defende o mesmo organismo.

Nem mesmo um acentuar das tarifas europeias será suficiente para tornar a generalidade dos elétricos de marcas chinesas mais caros
Nem mesmo um acentuar das tarifas europeias será suficiente para tornar a generalidade dos elétricos de marcas chinesas mais caros

A sustentar esta ideia, diz o estudo, surge o preços das células de bateria de iões de lítio, que, produzidas na China, são, "pelo menos, 20%" mais baratas que na Europa. Sendo que e ao mesmo tempo, os fabricantes automóveis chineses também desenvolveram tecnologias e cadeias de abastecimento mais avançadas.

Desta forma, conclui a federação, nem mesmo um aumento das tarifas será suficientes para proteger os construtores automóveis durante muito tempo. Até, porque, muitas das marcas chineses estão já no caminho de construir as suas próprias fábricas na Europa.

A solução preconizada

Perante este quadro, a Federação Europeia dos Transportes e Ambiente defende que, "a única forma dos fabricantes automóveis da União Europeia competirem com as marcas chinesas", é com apoios à expansão da produção e oferta europeias, no mercado generalista, e, nomeadamente, através de regulamentação específica e subsídios à produção de baterias.

LEIA TAMBÉM
Mais uma! Chineses da Nio vão lançar marca de elétricos Firefly na Europa

Uma vez que nenhuma destas medidas está em vigor atualmente, "as tarifas para células de bateria é uma solução que deve ser considerada", defende o organismo, até porque, "comparando com os EUA e a China, a União Europeia tem, presentemente, as tarifas mais baixas para células de bateria".

Decorrente ou não desta realidade, a previsão elaborada pela mesma entidade e segundo a qual, descontados os elétricos fabricados na China, mas pertencentes a marcas europeias, os fabricantes genuinamente chineses estão, neste momento, no bom caminho para garantirem, já em 2024, cerca de 11% do mercado europeu de veículos elétricos. Percentagem que, aliás, poderá chegar aos 20%, dentro de três anos, ou seja, em 2027.