Na época do politicamente correcto, o diretor da equipa Toyota no WRC, Tommi Makinen, criticou publicamente os seus pilotos, culpando-os dos resultados da equipa em 2018. Depois de a Citroën ter despedido Kris Meeke da sua equipa do WRC, com o fundamento de que o piloto se tinha tornado um perigo para si próprio, após mais um acidente no rali de Portugal, parece estar a tornar-se hábito as equipas do campeonato do mundo de ralis colocarem as culpas nos pilotos, pelos seus resultados menos bons. Desta vez foi Tommi Makinen, o diretor da equipa Toyota no WRC, a quebrar o habitual protocolo de defender os pilotos e manter as criticas a nível interno. Makinen fez o balanço da primeira metade da temporada e atribuiu publicamente culpas aos seus pilotos, pelos resultados abaixo das suas expetativas, que a equipa registou este ano. O grande alvo foi o finlandês Jari-Matti Latvala que, segundo Makinen, tem estado sob muita pressão desde que Ott Tanak entrou na equipa no inicio deste ano, com o estónio a adaptar-se muito bem ao carro e a conseguir algumas boas exibições. "Para responder a essa pressão, Latvala começou a atacar cada vez mais forte e a cometer erros" analisa Makinen que acrescenta "não sei se o posso ajudar. Já tentei várias coisas mas subitamente ele coloca em si próprio imensa pressão" concluindo que "claro que estou dececionado. Jari-Matti é um melhor piloto do que aquilo que está a mostrar este ano." Quanto ao mais novo membro da equipa, o também finlandês Esapekka Lappi, Makinen também não o poupa dizendo que "muitas vezes ele parece que está a dormir na sexta-feira, depois acorda um pouco no sábado e só está perfeitamente desperto no domingo". Makinen acrescenta que "após mais de um ano na equipa, ele devia mostrar mais consistência nas suas performances, do princípio ao fim das provas." E nem Ott Tanak, que tem feito os melhores resultados da Toyota, se escapa a uma reprimenda pública do seu chefe: "o acidente no rali da Sardenha era evitável. Bastava ter passado um pouco mais devagar na lomba. A frente bateu no chão antes das rodas e ele teve muita sorte em não ter capotado." Isto, apesar de Makinen admitir que Tanak assinou "performances absolutamente brilhantes" este ano. Tommi Makinen proferiu estas declarações em entrevista ao semanário francês Auto Hebdo, mostrando uma forma de dirigir a equipa, de fora para dentro, muito pouco frequente, nos tempos que correm. Yaris GRMN é bom, mas já não há! Veja o video