Marca-irmã da sueca Volvo, a chinesa Lynk & Co acaba de dar o pontapé de saída para a sua ofensiva comercial na Europa, com o anúncio do arranque iminente da disponibilização do seu primeiro modelo, 01, no Velho Continente. O qual será proposto, não somente através da venda, mas também segundo um programa de utilização, com mensalidade já definida.
Segundo anunciou a Lynk & Co, o seu primeiro modelo a chegar à Europa, o crossover 01, será, assim, proposto, segundo vários tipos de modelo de negócio: na forma de uma venda tradicional e directa, segundo um programa de aluguer do veículo em que o cliente paga uma mensalidade, mas também no formato de car-sharing, em que o cliente paga o tempo que utiliza.
Para já, ainda sem preços definitivos na vertente de compra directa, o Lynk & Co 01 tem, no entanto, um valor já definido, para o sistema de aluguer do veículo, numa base mensal. Serviço que terá uma renda de 500€ por mês, permitindo ao subscritor ter um Lynk & Co 01 permanentemente ao seu serviço. E, isto, já com os custos dos impostos, seguro, manutenção e registo, incluídos.
No entanto e no caso do cliente considerar o valor muito alto, existe sempre a possibilidade deste colocar o seu carro ao serviço da marca chinesa, mais concretamente, para utilização num regime de car-sharing que a Lynk & Co também pensa operar. Opção que, garante desde já o fabricante, fará baixar o valor da mensalidade.
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A par desta vantagem, os clientes vão poder igualmente, desistir, a qualquer altura, do seu serviço de aluguer, tendo de dar apenas um mês de aviso.
Finalmente e como terceira vertente da disponibilização do 01 na Europa, a possibilidade dos clientes subscreverem o já referido serviço de car-sharing, pagando, apenas e só, a utilização momentânea do veículo.
Ainda quanto à compra do veículo, os interessados vão poder fazê-lo online ou offline, recorrendo a um dos concessionários - ou "Clubes", como a marca prefere chamar-lhes - que a Lynk & Co pretende criar. Sendo que, em alguns mercados, o cliente vai poder, inclusive, pedir para que lhe entreguem a viatura num endereço à sua escolha.
"Apresentamos uma nova abordagem à propriedade e à mobilidade", afirma o CEO da Lynk & Co, Alain Visser. Acrescentando que "estamos a oferecer uma solução radical para uma nova geração de clientes permanentemente conectados, que pretendem mobilidade, mas apenas segundo as suas necessidades. A indústria automóvel continua com o tipo de distribuição e propriedade automóvel que já existe há 100 anos. Nós queremos mudar isso. Os clientes de hoje em dia valorizam produtos que refletem o seu estilo de vida digital e em constante mutação".
"Nós somos a Lynk & Co e o nosso objectivo é simplificar a propriedade, através da inovação e da redefinição de como os carros são adquiridos, detidos, conectados, disponibilizados e utilizados", concluiu.
De resto, a marca chinesa do grupo Geely tem previsto criar, juntamente com o início da comercialização do 01, uma plataforma online de subscrição, através da qual os subscritores vão poder fazer as suas marcações para utilização das viaturas, partilhar os seus próprios carros, ou até mesmo enviar uma chave digital através dos seus smartphones ou a partir do próprio automóvel.
Híbrido... e com plataforma CMA
Finalmente e no que concerne ao Lynk & Co 01 propriamente dito, chega à Europa com motorizações híbridas e híbridas plug-in, mas também com um nível de equipamento que conta sempre, no interior do habitáculo, com um generoso ecrã táctil, navegação online, apps, uma câmara ligada às redes sociais e uma cloud própria, gerida pela marca. Levando a que, em termos de escolhas, o cliente pouco mais tenha de escolher, que entre duas cores exteriores: azul... ou preto.
Em termos técnicos, o modelo utiliza a mesma plataforma CMA utilizada, por exemplo, pelo Volvo XC40, mas que está preparada para receber diferentes tipos de carroçaria e dimensões.
Para já sem definição conhecida quanto ao nomes dos mercados onde irá operar, a Lynk & Co tem previsto arrancar com os seus "Clubes", já no próximo Outono, o primeiro dos quais, em Amesterdão, Países Baixos. A que se seguirá um outro, em Gotemburgo, na Suécia.