Quando começarem a chegar as propostas elétricas para os segmentos mais altos da parte de marcas como a Audi, BMW e Mercedes, não vão ter a Tesla como única adversária. Porque também o evoluído Lucid Air, com o maior pack de baterias já anunciado e que alia uma elevada autonomia à capacidade de superar os 350 km/h, vai estar pronto para os receber. Está já 95% concluído o desenvolvimento da versão de produção do Lucid Air, um novo modelo elétrico de altas capacidades que quer causar estrondo nos patamares mais altos do mercado. Contando com motores elétricos nos dois eixos, este modelo de tração integral e sem emissões poluentes vai debitar 1000CV de potência, conseguindo atingir os 100km/h em 2,5 segundos. Além disso, como a marca já demonstrou em testes, alcança velocidades acima dos 375 km/h. Outro dos destaques do modelo vai para a sua elevada autonomia, situada nos 640km. Algo que fica a cargo do maior pack de baterias anunciado em modelos ligeiros, com 130 kWh (acima dos 100kWh dos Tesla mais potentes, os P100D). Algo para que contribui o facto do Lucid Air previsto para 2019 beneficiar já das baterias que a empresa está a desenvolver com a Samsung SDi. Além disso, a empresa está a colaborar nas baterias para a McLaren e no desenvolvimento dos novos packs a utilizar na Fórmula E, que vai permitir utilizar apenas um monolugar em cada prova deste campeonato. [https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/020a12_1c28cfb136b0413d8cf01d1f2a4faf3cmv2_d_2646_1625_s_2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/020a12_43aae55ff8b04c5daff45f1c3a65c22amv2_d_4000_2003_s_2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/020a12_565c4791f46c450d9aa1a7fc6d1c5cdamv2_d_2688_1276_s_2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/020a12_1386ff48a2994ccdb94af60f8ab0feedmv2_d_3600_1979_s_2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/020a12_a2015e9a4e8248c8b647f9508436f8femv2_d_2732_1486_s_2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/020a12_c2f3ada78c5b4d27bf3e06e058ff9d67mv2_d_3600_2250_s_2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/020a12_d204e894d98a4668948b1e4b47e6ed48mv2_d_3733_2333_s_2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2020/02/car-page-hero.jpg] Para garantir o desenvolvimento e o previsto lançamento do modelo na versão final de produção, em 2019, a empresa liderada por David Salguero escolheu um verdadeiro especialista. Trata-se de Peter Rawlinson, que já foi responsável de engenharia da Lotus, Jaguar e Tesla. "Ele [Rawlinson] sabe como criar um carro com uma dirigibilidade fantástica", afirma o responsável máximo da Lucid Motors. Uma curiosidade é que a marca, ao contrário da generalidade de projetos de veículos elétricos que vão surgindo, não coloca como principal rival a Tesla. Ao contrário disso, e de certa forma repetindo a estratégia da companhia de Elon Musk, considera que os seus adversários são os premium germânicos da BMW, Mercedes e Audi. Para isso a empresa desenvolveu um carro "à prova do futuro", que além de contar com materiais de alta qualidade também irá ser evoluído tecnologicamente e estar sempre a par com as inovações graças às atualizações wireless "over-the-air". Algo que será também essencial para o Lucid Air, permitindo otimizar os softwares deste carro já preparado para a condução não-tripulada, graças a uma combinação de câmaras, radares e sensores LIDAR. A empresa explica que "essas tecnologias vão permitir ter um sistema avançado de assistência ao condutor totalmente adequado, que garantirá uma transição lógica e segura para as funcionalidades de condução autónoma através de updates over-the-air". As instalações pretendem estar aptas para produzir já 10000 Lucid Air em 2019, existindo planos para a futura expansão até às 60000 unidades anuais. Mas as expetativas são ainda mais elevadas, pois o centro de produção da marca está capacitado para fabricar 130000 automóveis a cada doze meses. Algo que poderá ser alcançado com a introdução de outros modelos, uma ideia já avançada mas que apenas terá pernas para andar quando a empresa tiver uma posição sólida no mercado. "Queremos ter a garantia de que estamos bem instalados e adaptados e somos compreendidos antes de avançar para algo mais", concluem os responsáveis da empresa.