A marca norte-americana de veículos elétricos de luxo Lucid perdeu quase 402 mil euros por cada automóvel vendido no terceiro trimestre de 2023.
Há alguns anos, o então CEO da Fiat, Sergio Marchionne, pedia aos clientes para não comprarem o Fiat 500 elétrico porque a marca perdia mais de 14 mil dólares (quase 13 100 euros ao câmbio atual) por cada unidade vendida.
O mesmo parece estar a acontecer com a Lucid, uma empresa californiana especializada em veículos elétricos. De acordo com o relatório de contas relativo ao terceiro trimestre, a empresa perdeu mais de 430 mil dólares (cerca de 402 mil euros) por cada unidade entregue.
No terceiro trimestre, a Lucid obteve receitas de 137,8 milhões de dólares (128,72 milhões de euros), valor abaixo dos 195,5 milhões de dólares (182,61 milhões de euros) alcançados em igual período do ano anterior.
Produção revista em baixa
Onde as coisas se complicam é com as perdas líquidas que chegaram a quase 630,9 milhões de euros (589,31 milhões de euros), isto é, mais cem milhões de dólares (93,41 milhões de euros). As entregas foram apenas de 1456 veículos.
Isto representa um prejuízo de 433 mil dólares (404,46 mil euros) por cada viatura vendida, mas é melhor do que os 522 mil dólares (487,59 mil euros) no segundo trimestre. Mesmo assim é uma perda significativa de dinheiro, atendendo que o veículo mais caro da marca custa cerca de 250 mil dólares (233,52 mil euros).
LEIA TAMBÉM
Com desconto substancial. Lucid Motors entra na guerra dos preços
A Lucid produziu 1550 automóveis elétricos no terceiro trimestre de 2023, o que é metade do recorde de 3493 unidades batido no quarto trimestre de 2022. Como consequência, a marca foi obrigada a rever em baixa as metas de produção deste ano para 8000 a 8500 unidades em vez dos 10 000 a 14 000 previstos anteriormente.