A Lotus deverá lançar este verão o último modelo com motor de combustão, que poderá vir substituir o Elise, o Exige e o Evora. Entretanto, a nova plataforma elétrica que está a ser desenvolvida com a Alpine, poderá ser vendida a outras marcas para amortizar o investimento no processo de engenharia.
A Lotus está a preparar o lançamento do hipercarro Evija e de um SUV, mas a marca britânica de automóveis desportivos ainda não vai abandonar motores de combustão interna. O mais recente modelo da Lotus chega este verão, segundo refere o Automotive News Europe, citando fontes próximas do processo.
As especificações técnicas ainda estão envoltas em mistério, mas o CEO Phil Popham adiantou à publicação que os preços se vão situar entre 55 mil libras (61.740 euros) para a versão base e as 105 mil libras (117.870 euros) para a mais bem equipada.
Com base neste intervalo de preços, o Automotive News Europe especula que o antigo Elise, o Exige e o Evora poderão vir a ser substituídos por este novo modelo. A produção deverá arrancar em 2022 e o CEO da Lotus acredita que poderá constituir a base para "um crescimento substancial" da marca.
A Lotus também admite que o novo modelo está a ser desenvolvido para ser comercializado a nível global, como todos os futuros modelos da marca, e com maiores possibilidades de ser rentável nos Estados Unidos.
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Phil Popham foi escassos em pormenores acerca do novo modelo, mas foi adiantando que terá uma "moderna arquitetura eletrónica", permitindo à Lotus disponibilizar mais funcionalidades de conectividade. O novo desportivo vai ser construído com base plataforma concebida para facilitar a utilização quotidiana, designadamente na entrada e saída do habitáculo.
Lotus e Alpine podem ceder nova plataforma
A Automotive News Europe também revelou que a Lotus não exclui a possibilidade de vender a outras marcas a nova plataforma de veículos elétricos que está a desenvolver com a Alpine.
O substituto do A110, anunciado recentemente antes do seu lançamento oficial em 2025, irá assentar numa nova arquitetura de veículos elétricos que também será utilizada por um modelo da Lotus.
As duas marcas de baixo volume têm mantido discussões nos últimos meses acerca do hardware e não rejeitam a possibilidade de partilharem a plataforma com terceiros.
A razão é simples: como o segmento de automóveis desportivos é pequeno e é difícil vender um número suficiente de unidades para cobrir os custos de investimento, uma das formas de aumentar a rendibilidade passa pela venda da plataforma a outras marcas. Isso permitirá a Lotus e à Alpine recuperar algum do investimento realizado no processo de engenharia.