Anunciado como o primeiro superdesportivo 100% elétrico do fabricante de Norwich, o Lotus Evija tinha apresentação agendada ainda para este ano. E, dizemos, "tinha", porque o projecto acaba de sofrer um atraso nos prazos já definidos, segundo a marca, devido à pandemia de coronavírus.
A notícia foi avançada, em exclusivo, pela também britânica Autocar, acrescentando que, o adiamento agora decidido, deverá levar a um atraso nos planos de, pelo menos, cinco meses.
Com a entrega das primeiras unidades inicialmente prevista para o final de 2020, o Lotus Evija deverá, assim, chegar à mãos dos futuros proprietários, apenas lá mais para o meio do próximo ano.
De resto e segundo também apurou a revista britânica, a Lotus estará já a preparar o envio de uma carta a todos os clientes que reservaram uma unidade, com o objectivo de os informar pessoalmente do atraso.
Contactado pela Autocar, o CEO da Lotus, Phil Popham, explicou que o atraso no desenvolvimento do Evija deve-se aos vários encerramentos, restrições de viagens e imposição de quarentena, tudo decorrente da pandemia de coronavírus. Situações que terão impedido a marca britânica de realizar todos os testes previstos, com os quatro protótipos dinâmicos construídos do Evija.
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"Basicamente, perdemos cinco meses de testes, principalmente, na Europa continental", afirmou, em declarações à Autocar, Phil Popham. Recordando, por exemplo, que "não testámos sob o tempo muito quente, em Espanha", sendo que, neste momento, neste momento, continua a ser uma incógnita, o local onde será possível realizar esses testes.
Ainda assim, o CEO da Lotus garante que a companhia está, neste momento, em modo de recuperação do tempo perdido, embora não possa garantir que não venham a surgir mais atrasos. Para já, cinco meses parecem ser um prazo adequado para comunicar aos clientes, acrescenta Popham.
Contudo, o mesmo responsável também revelou à Autocar que, os cincos meses que não foram utilizados para testes de estrada, acabaram servindo para fazer desenvolvimentos noutras áreas, como a aerodinâmica e o downforce. Tendo servido, igualmente, para descobrir que a potência do sistema de propulsão não se fica pelos 2000 cv anunciados no verão passado, mas já ultrapassa os 2.027 cv.
Neste contacto, Popham revelou ainda que o desportivo que deverá fazer companhia ao Elise, Exige e Evora, já partir do próximo ano, e que nada tem a ver com o Evija, está, neste momento, numa fase bastante mais atrasada que o superdesportivo elétrico. Razão pela qual não foi tão afectado, pela pandemia, no seu desenvolvimento, quanto o Evija.