Último modelo nascido naquela que é também uma nova era na já longa existência da britânica Lotus, o 100% elétrico Emeya acaba de entrar em comercialização no mercado onde também é fabricado: a China. Onde anuncia potências até 918 cv, uma autonomia máxima de 650 km, mas ameaças declaradas ao rival Porsche Taycan.
Hoje em dia na posse dos chineses do grupo Geely, que e ao contrário do que fizeram, por exemplo, com a Volvo ou a Polestar, decidiram transferir, tanto o desenvolvimento, como a produção da marca britânica, para a China, e mais concretamente para a cidade de Wuhan, a Lotus continua a sua transformação em marca 100% elétrica. Com o lançamento no mercado (chinês) daquele que é o segundo modelo desta nova era - a berlina desportiva Emeya.
Embora também já com garantia de comercialização na Europa, o Emeya começa, no entanto, o seu percurso comercial pelo mercado do qual é originário e onde, inclusivamente, ganha outro nome: Fanhua, ou seja, flor florescente.
A procurar justificar as promessas de beleza, um corpo extremamente fluído e aerodinâmico, com mais de 5,1 metros de comprimento, 2,0 m de largura e perto de 1,5 m de altura. Valores que, diga-se, o tornam maior, em todos os aspectos, que aquele que é um dos seus principais rivais: o Porsche Taycan.
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Ainda no exterior, onde não faltam elementos da carroçaria em carbono, também como forma de controlar o aumento do peso, algumas soluções invulgares, como é o caso das entradas de ar frontais activas, acompanhadas de um spoiler dianteiro que se acciona automaticamente quando a velocidades acima dos 110 km/h, criando um força descendente de 76 kg. Enquanto, na traseira, um segundo spoiler faz-se sentir a partir dos 90 km/h, garantindo mais 215 kg de peso sobre o eixo traseiro.
Interior inspirado no do SUV Eletre
Passando ao interior, um ambiente muito semelhante ao do SUV Eletre, com um generoso ecrã central de 15,1 polegadas, volante de quatro braços e fundo plano, um painel de instrumentos extremamente fino com um diâmetro de 12,6 mm, além de um segundo ecrã LCD de 12,6", especificamente para o passageiro da frente.
Ainda no interior, bancos em couro Nappa e Alcantara e um sistema de som com 15 altifalantes (23 nas versões de topo) da marca britânica KEF, sendo que, a enaltecer um ambiente a bordo que tanto pode ter uma lotação para quatro, como para cinco ocupantes, também um enorme tecto em vidro.
Já no apoio à condução, o Lotus Emeya é proposto no mercado chinês com 34 sensores de apoio à condução, incluindo quatro sensores LiDAR e dois radares 4D de ondas milimétricas. Soluções que visam apoiar a condução inteligente em autoestrada e no estacionamento automático.
Com duas motorizações
Falando das motorizações, duas opções à disposição, a começar numa solução com dois motores elétricos e tracção integral (Emeya e Emeya S+), 612 cv de potência, 710 Nm de binário, 4,15s na aceleração dos 0 aos 100 km/h, mas também uma velocidade máxima anunciada de 250 km/h. Fruto, igualmente, de uma bateria ternária NMC de 102 kWh, a prometer uma autonomia de 650 km, segundo a norma chinesa CLTC.
Quanto à segunda solução, equipada com três motores elétricos e a garantir, também, tracção integral (Emeya R+), 918 cv de potência, 985 Nm de binário, 2,78s nos 0-100 km/h e uma velocidade máxima de 256 km/h. Tudo isto, apoiado pela mesma bateria de 102 kWh, aqui a prometer um alcance de 520 km CLTC.
Segundo fazem questão de frisar os responsáveis da Lotus, esta última versão consegue, por exemplo, ser mais rápida que o Porsche Taycan Turbo S, o qual anuncia uma aceleração 0-100 km/h em 2,8s, com o Emeya a acrescentar ainda uma transmissão automática de duas velocidades, suspensão a ar, rodas traseiras direccionais e pinças de travão de 10 pistões à frente. Embora e neste caso específico, opcionais…
A partir de 86 mil euros… na China
Finalmente e no caso do mercado chinês, o Lotus Emeya, com quatro níveis de equipamento, está disponível numa faixa de preços que começa nos 93 750 dólares (cerca de 86 055€), para terminar nos 165 600 dólares (pouco mais de 152 000€).
Preços que, embora altos, continuam, ainda assim, a ser mais baixos que os pedidos pelas diferentes versões do Taycan, no mercado chinês.
Na Europa, onde também já tem comercialização garantida, o Gran Turismo chinês é esperado nos concessionários da marca durante o segundo trimestre de 2024.