Culminando um processo iniciado há quase uma década, a Lotus Cars acaba de dar a conhecer o seu primeiro SUV... elétrico - o Eletre. Segundo a ambição da marca britânica, um rival directo do Porsche Cayenne, a anunciar mais de 600 cv de potência, mas também com o espírito daquilo que são os desportivos da marca de Norwich.
Baptizado de Eletre, nome que, segundo a Lotus Cars, significa "Ganhar Vida", naqueles que são alguns idiomas do Leste europeu, o primeiro SUV 100% elétrico do fabricante de Norwich é, de certa forma e também, a concretização de uma ambição anunciada, pela primeira vez, ainda em 2014, durante a liderança de Jean-Marc Gales. Mas que, no entanto, só agora, já sob o mando chinês, o pequeno construtor automóvel britânico de desportivos concretiza.
Sobre este modelo, destaque para o facto de recorrer a uma nova plataforma, que a Lotus designa de Electric Premium Architecture, e que, no caso do Eletre, adopta dois motores elétricos, um em cada eixo, a anunciarem, em conjunto, uma potência máxima acima dos 600 cv, mais precisamente, 608 cv. Capaz de garantir, também segundo o fabricante, uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em menos de 3 segundos, além de uma velocidade máxima de 260 km/h.
Mas se aspectos igualmente importantes, como o peso, continuam no chamado "segredo dos deuses", já no que à bateria que fornece energia aos dois motores diz respeito, a Lotus garante que ostentará uma capacidade acima dos 100 kWh, permitindo, dessa forma, uma autonomia WLTP estimada de cerca de 600 quilómetros. Sendo que, chegado o momento de repor a energia, o sistema deverá ser capaz de aceitar potências de carga até 350 kW, com a qual deverá ser possível repor energia suficiente para 400 quilómetros, com apenas 20 minutos de ligação à tomada
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Já no capítulo técnico, a promessa da presença de uma suspensão a ar capaz de ajustar a altura ao solo em função da velocidade, assim como de um sistema de rodas traseiras direccionais e barras estabilizadoras activas.
Com aerodinâmica apurada e muita tecnologia
Exibindo uma carroçaria cujas dimensões serão muito semelhantes às do Porsche Cayenne e com praticamente todos os elementos estéticos conhecidos dos desportivos da marca britânica, ainda que com maior distância ao solo, o Eletre conta ainda com uma grelha frontal com sistema aerodinâmico activo, que faz com que esta permita a entrada de ar sempre que os motores, bateria e travões necessitam de ar fresco.
Já a pensar na condução autónoma, quatro sensores LIDAR destacáveis - um acima do pára-brisas, outro acima do óculo traseiro, mais dois nas laterais da carroçaria, junto ao pára-lamas dianteiro. Soluções que permitem à Lotus garantir que o Eletre será capaz de "utilizar a condução autónoma, do início ao fim da viagem".
Depois e nas regiões do globo em que tal é permitido, o crossover recorre ainda a câmaras, em substituição dos tradicionais retrovisores, além de estar preparado para receber actualizações de software Over-The-Air (OTA).
Passando ao habitáculo, a presença, em substituição do tradicional painel de instrumentos, de uma fina tela com menos de 30 milímetros de altura, com o passageiro a beneficiar de solução idêntica, mas a exibir informações distintas da do condutor. Sendo que, a juntar a estas soluções, um ecrã central de 15,1 polegadas e um head-up display com tecnologia de Realidade Aumentada.
Produzido em Wuhan
A terminar, recordar, apenas, que o Lotus Eletre será construído na nova fabrica da casa-mãe, a Geely, em Wuhan, na China, de onde as primeiras unidades começarão a sair em 2023, para entrega nos diferentes mercados.