A Jaguar Land Rover acaba de perder a batalha judicial, que tinha iniciado no Reino Unido, destinada a garantir os direitos sobre as linhas do Defender original. Perdendo, assim, qualquer possibilidade de impedir a Ineos de lançar no mercado o seu primeiro modelo, assumidamente inspirado no Defender original, a que deu o nome de Grenadier.
Disputa dirimida, inicialmente, no UK Intellectual Property Office, este tribunal acabou dando razão ao Ineos Group, ao considerar que as formas do Land Rover Defender original, não são suficientemente distintivas de muitos outros modelos. Interpretação que um tribunal de Londres acaba agora de reafirmar, em resposta ao mais recente recurso apresentado pela Jaguar Land Rover.
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Recorde-se que a Ineos Automotive é um fabricante britânico recentemente fundado pelo empresário Jim Ratcliffe, com o propósito, precisamente, de criar um todo-o-terreno inspirado naquele que é considerado, por muitos, como o pai dos verdadeiros TT - o Land Rover Defender.
No entanto e embora assumidamente inspirado no Land Rover Defender original, o Ineos Grenadier apresenta soluções modernas, a começar num novo chassis, uma suspensão desenhada pela austríaca Magna Steyr, e motores de origem BMW.
Na decisão agora proferida pelo tribunal londrino, o juiz justifica a sua decisão, defendendo que, embora possam haver algumas parecenças no design entre o Land Rover Defender e o Ineos Grenadier, significativas no entender de alguns especialistas, "elas são pouco importantes, se não mesmo imperceptíveis, para a maioria dos consumidores, revela a Bloomberg.
Respondendo, em comunicado, à decisão judicial agora proferida, a Jaguar Land Rover afirma-se desapontada com a sentença, recordando que as linhas do Defender foram já declaradas propriedade intelectual da marca, em vários outros mercados.
Recorde-se que a Ineos Automotive tinha definido, inicialmente, montar o Grenadier numa nova fábrica, a erigir em Gales, no Reino Unido, ao mesmo tempo que fabricava a carroçaria e o chassis, numa outra unidade de produção, em Portugal.
No entanto, a empresa acabou por suspender, em parte, estes planos, optando, antes, por entrar em conversações com a Daimler, com o objectivo de adquirir a fábrica da Smart em Hambach, França, que o grupo alemão já anunciou querer vender.