Na mesma altura em que anuncia, mesmo com a pandemia de COVID-19, o segundo melhor ano de sempre em termos de volume de vendas, a Automobili Lamborghini faz saber, igualmente, da intenção de apresentar, ainda em 2021, dois novos modelos. Com a particularidade acrescida de que, ambos, terão o icónico V12 como motorização.
Claramente imune à pandemia que, no último ano, afectou praticamente todos os mercados mundiais, a Lamborghini anuncia um 2020 com ganhos claros - o fabricante vendeu um total de 7430 unidades em todo o mundo, número que, depois das 8205 viaturas transaccionadas em 2019, faz do último ano, o melhor de sempre, em termos de vendas, para o fabricante de Sant'Agata Bolognese!
Assumindo, desde já, a intenção clara de fazer ainda melhor em 2021, os responsáveis da marca do touro enraivecido sustentam esta aspiração, não somente no facto de iniciarem as entregas do superdesportivo Lamborghini Huracán Super Trofeo Omologato, mas também a decisão de lançar "dois novos produtos, com base no icónico V12".
Embora, para já, sem muitas informações sobre o tema, o novo CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann, revelou, ainda assim, em declarações à britânica Autocar, que, um destes novos modelos V12, contará com o mesmo sistema de supercapacitador eletrificado do hiperdesportivo Sian FKP 37. O que faz pensar que o modelo possa ser mais uma edição especial e limitada.
Ainda sobre o ano que passou, a Lamborghini revela ter terminado com um volume de negócios de 1,61 mil milhões euros, apenas 11% menos do que em 2019. Facto atribuído pelo fabricante ao declínio causado pelos 70 dias de paragem da produção na primavera, "em cumprimento das diretivas emanadas pelo governo italiano, e para proteger a saúde dos trabalhadores, durante a fase de emergência inicial".
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Quanto aos 7430 automóveis entregues, a maior parte teve como destino os Estados Unidos da América (2224 unidades), que continuou a ser o principal mercado da marca italiana, logo seguido da Alemanha (607), da China Continental, Hong Kong e Macau (604), do Japão (600), do Reino Unido (517) e de Itália (347).
"A nossa capacidade de resposta imediata, uma combinação de modelos ideal e a crescente procura pela personalização dos nossos produtos impulsionaram a rentabilidade para os níveis mais elevados", afirma Winkelmann, recordando que, "num ano tão difícil, a marca deu mostras de uma enorme força e deu continuidade ao seu apelo crescente, contrariando a tendência da indústria do luxo a nível global".
Quanto ao ano de 2021, o CEO da Automobili Lamborghini revela que "começou com perspetivas muito positivas: as entregas nos primeiros dois meses deste ano superaram já as do anterior período pré- pandemia, e as encomendas colocadas até ao momento cobrem já nove meses de produção".