Lamborghini Revuelto. Produção esgotada para os primeiros dois anos

Poucos meses após a sua apresentação, o Lamborghini Revuelto já tem a produção esgotada para os primeiros dois anos.

Poucos meses após a sua apresentação, o Lamborghini Revuelto já tem a produção esgotada para os primeiros dois anos. Para garantir uma relação peso-potência de 1,75 cv/kg é utilizada extensivamente fibra de carbono no chassis e carroçaria. Todos os processos de fabrico foram objeto de uma revolução profunda, que inclui o recurso aos denominados "cobots".

Apresentado oficialmente no final do passado mês de março, o Lamborghini Revuelto já tem encomendas para os próximos dois anos de produção, não obstante cada unidade custar mais de meio milhão de euros.

O sucessor do Aventador é o primeiro hipercarro V12 híbrido plug-in HPEV (High Performance Electrified Vehicle) da Lamborghini que anuncia uma potência de 1015 cv, graças à combinação do bloco a gasolina de 6,5 litros com três motores elétricos.

A marca de Sant'Agata Bolognese anuncia que o Revuleto consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em 2,5 segundos e para alcançar os 200 km/h necessita de menos de sete segundos. A velocidade máxima é de 350 km/h.

O Revuelto, porém, está longe de ser apenas inovador em termos de performance, características técnicas e estratégias da empresa. Este hipercarro representa também uma revolução no que respeita aos processos de produção, denominado "Manifattura 4.0".

Assim, desde a realização do monocoque até às fases de acabamento, cada estação individual da linha Revuelto distingue-se pelo seu impacto high-tech que, como sempre na Lamborghini, apoia - e nunca substitui - o indispensável trabalho do homem.

Uso de "cobots"

O sistema que gere os aspetos mecânicos e tecnológicos é designado por MES (Manufacturing Executive System). O operador é apoiado em cada etapa pela máquina, mas também pode interagir com a mesma a qualquer momento para alterar determinadas ações ou parar o seu funcionamento para intervir manualmente. 

Nos vários postos de trabalho, os operadores recebem uma pulseira pessoal que podem utilizar para aceder ao sistema e trabalhar através de monitores touchscreen ou tablets.

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O sistema MES gere algumas das ferramentas tecnológicas mais avançadas e futuristas, nomeadamente os "cobots": robôs colaborativos utilizados em todas as linhas (motores, montagem e estofos) que requerem ações repetitivas, como a montagem do para-brisas, por exemplo.

Para além de serem colaborativos com os seres humanos no verdadeiro sentido da palavra, a particularidade dos "cobots" é que permitem eliminar em grande medida a proporção de imprecisões ou erros nas atividades realizadas.

Fibra de carbono

O principal elemento da estrutura do Revuelto é a fibra de carbono, utilizada para fabricar não só o chassis de monofuselagem, mas também uma parte significativa dos elementos da carroçaria.

O recurso intensivo a este material - produzida através de processos manuais e automatizados na fábrica CFK da Lamborghini - e de outros materiais ultraleves, combinada com os excelentes números de performance do grupo motopropulsor, conduziu à melhor relação peso-potência da história da Lamborghini: 1,75 kg/CV.

Uma das principais inovações deste automóvel é o facto de a estrutura ser fabricada numa só peça, através da industrialização total do processo denominado Lamborghini Forged Technology.

Para o Revuelto, o valor do processamento da fibra de carbono é tão significativo que levou a Lamborghini a expandir e melhorar a fábrica CFK, que agora ocupa 16.200 metros quadrados. Também nesta fábrica, os operadores têm prioridade sobre todos os processos, embora parte deles ainda seja efetuada por máquinas. Atualmente, entre a CFK e a montagem, são cerca de 500 os operadores de produção dedicados ao Revuelto.