Depois dos teasers e de outras informações libertadas durante semanas, a Lamborghini apresentou o sucessor do Aventador, o primeiro modelo híbrido plug-in na oferta da marca de Sant'Agata Bolognese - o Revuelto. Um superdesportivo com 1.015 cv, obtidos através de um V12 conjugado com três motores elétrico, e que é, também, o 'Lambo' mais potente de sempre!
Anunciado com o nome de código LB744, o Revuelto é, assim e de uma forma resumida, o início de uma nova era para a Lamborghini. Em que, sustentada por uma nova realidade tecnológica... híbrida, os níveis de emoção, adrenalina, prestações, prometem ser ainda maiores.
A demonstrá-lo, os números anunciados por este novo superdesportivo e que passam, por exemplo, por uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h em não mais que 2,5s, ou até mesmo dos 0 aos 200 km/h em menos de 7,0s! O que, a somar aos 350 km/h de velocidade máxima anunciada, fazem deste modelo algo de simplesmente avassalador!...
Não menos surpreendente, é o trem de força que está na base destas prestações e que se traduz no somatório de um novo V12 6,5 litros naturalmente aspirado e colocado em posição central, com três motores elétricos: dois colocado nas rodas da frente e um terceiro integrado na caixa de velocidades de dupla embraiagem e oito relações. Colocada pela primeira vez na parte de trás do motor de combustão e numa posição transversal.
LEIA TAMBÉM
Chega em 2028. Lamborghini EV será mais versátil graças à maior altura ao solo
Desta forma e contrariando uma prática que vinha dos tempos do Countach, a utilização do túnel de transmissão para acomodar a pequena bateria de iões de lítio de 3,8 kWh que serve de apoio aos motores elétricos e que pode ser totalmente recarregada através de uma tomada externa de 7 kW, em qualquer coisa como 30 minutos... ou então e em cerca de seis minutos, assegura a Lamborghini, recorrendo ao imponente V12.
Ainda quanto aos motores, a garantia, por parte do V12, de uma potência específica na ordem dos 814 cv às 9.250 rpm, assim como de um binário máximo de 725 Nm, às 6.750 rpm. Valores que são, desde logo, superiores aos anunciados pelo "velhinho" V12 do Aventador, que também é 17 kg mais pesado, mas aos quais há ainda que acrescentar, no caso deste Revuelto, o contributo dos três motores elétricos. Levando, assim, a que a potência total e combinada chegue aos 1.015 cv!
Também em modo elétrico!...
Não menos surpreendente, é o facto deste Revuelto poder circular em modo totalmente elétrico (a marcha-atrás também é feita, sempre, em modo elétrico), ainda que por não mais do que 10 quilómetros e com a potência limitada a 140 kW (190 cv). Sendo que, uma vez esgotada a energia e caso faça questão de recarregar a bateria recorrendo a uma tomada, o melhor é, mesmo, fazê-lo na garagem; é que a porta de carga está no interior do compartimento de bagagem.
De salientar, igualmente, o baixo impacto causado pela componente elétrica no peso final do carro, o qual deverá rondar os 1.776 kg, resultado de uma relação peso-potência oficial de 563 cv por tonelada, xom as baterias a acrescentarem apenas mais 70 kg, enquanto os motores adicionam mais 80 kg. Números que, ainda assim, não impedem a Lamborghini de anunciar, desde já e ainda sem números precisos, consumos de combustível e emissões cerca de 30% melhores do que no Aventador Ultimae.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/03/LamborghiniRevueltoAprs2023_ecracentral.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/03/LamborghiniRevueltoAprs2023_tablier.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/03/LamborghiniRevueltoAprs2023_botãostart.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2023/03/LamborghiniRevueltoAprs2023_ecrãpassageiro.jpg]De resto e embora, à partida, mais pesado que o Aventador, o Lamborghini Revuelto oferecerá, também, uma rigidez torcional maior (+40%), graças a uma monocoque em fibra de carbono mais leve, acrescida de uma estrutura de impacto frontal neste mesmo compósito - solução que a Lamborghini diz ser mais uma novidade total, no que a veículos homologados para estrada diz respeito...
Ainda no capítulo técnico, uma nova suspensão com molas verticais convencionais, aplicadas nos triângulos duplos em cada canto, que o fabricante considera representar uma vantagem em termos de acomodação e amortecimento, assim como um sistema de quatro rodas direccionais. Mas também muitos elementos aerodinâmicos activos, graças aos quais e embora a marca não divulgue o valor, a promete um nível de downforce equiparado ao do Aventador SVJ, quando com a asa traseira ajustável naquela que é a sua posição menos "picada".
A imagem (impactante) do costume
Ao mesmo tempo, o design do Revuelto replica, na maior parte dos aspectos, aquela que é a linguagem de design da marca de Sant'Agata Bolognese, acrescida de pormenores específicos, como é o caso dos faróis LED compactos cobertos pelo capot, da nova iluminação diurna, ou até mesmo dos sensores de radar assumidamente visíveis e integrados no pára-choques dianteiros.
Já nas laterais, as enormes entradas de ar colocadas atrás das portas de abertura para cima, a que se junta, ainda, um spoiler traseiro ativo, a completar um capot traseiro em fibra de carbono e com uma abertura através da qual é possível admirar o V12.
Quanto ao habitáculo, é marcado por uma habitabilidade mais desafogada que no Aventador, além de mais high-tech. Neste caso, fruto da presença de um painel de instrumentos digital de 9,1 polegadas e de um ecrã central, tipo tablet, de 8,4", a ocupar a consola central, aos que se junta ainda um ecrã mais pequeno e construído na horizontal, para o passageiro.
Com a maior parte dos comandos para a condução integrados no volante, inclusive, botões específicos para o apuramento do desempenho dinâmico e do trem de força, nota, igualmente, para a novidade que é a presença de algumas soluções mais funcionais, como é o caso e pela primeira na marca, de um porta-copos destacável.
Primeiros dois anos já esgotados
Embora a Lamborghini nada tenha revelado sobre o preço deste Revuelto, os rumores apontam para que seja mais caro que o Aventador SVJ, o qual já ultrapassa consideravelmente o meio milhão de euros. Facto que, ainda assim, não evitou que, os primeiros dois anos de produção, estejam já, segundo avançou o CEO da marca de Sant'Agata Bolognese, Stephan Winkelmann, totalmente vendidos.
De resto, Winkelmann terá, também, revelado que, a mesma arquitectura e sistema elétrico AWD, deverão dar origem ao sucessor do atual Huracán. Ainda que, com a novidade de, na base, estar, não um V12, ou até mesmo ao V10 do Huracán, mas um V8 biturbo.