Com o Aventador a sair de cena, a Lamborghini acaba de revelar os primeiros dados oficiais do seu sucessor, para já conhecido apenas pelo nome de código LB744. E que, além de ser o primeiro híbrido plug-in da marca de Sant'Agata Bolognese, promete, desde já e graças à conjugação de três motores elétricos com um V12, uma potência acima dos 1.000 cv!
Proposta que não só introduz a Lamborghini numa nova etapa de eletrificação, como garante, igualmente, a manutenção de um V12 na oferta, este novo superdesportivo anuncia-se, desde logo, como o mais potente "Lambo" de sempre. Graças e para começar, a um novo e mais leve V12 de 6,5 litros que é também a base de todo o sistema híbrido plug-in.
Sobre este 12 cilindros em V, a Lamborghini revela que apresenta um peso de apenas 218 kg, ou seja, menos 17 kg que o V12 que impulsiona o Aventador. Algo que não o impede de garantir uma potência máxima na ordem dos 814 cv às 9250 rpm, além de um binário de 725 Nm, disponível às 6750 rpm.
Com 1.000 cv de potência!
Fruto destes predicados, garantidos apenas e só pelo bloco de combustão, foi também possível reduzir, segundo o fabricante, o impacto dos 18,5 kg que pesam os três motores eléctricos - dois a atuarem sobre o eixo dianteiro, ao passo que o terceiro, montado na caixa de velocidades, remete para o eixo traseiro -, naquele que será o peso total do superdesportivo (ainda não foi divulgado). Isto, ao mesmo tempo que ajudam a garantir uma potência combinada de 1.000 cv, com menos 30% de emissões de CO2, quando comparado com o Aventador Ultimae e os seus 780 cv.
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Ainda de acordo com as informações agora divulgadas pela Lamborghini, a presença dos três motores elétricos também ajuda a garantir maior disponibilidade, quando a baixas rotações, e sem penalizar grandemente os consumos, graças aos 350 Nm disponibilizados praticamente desde o arranque. O que, diga-se, também deverá permitir uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h verdadeiramente impressionante, embora a marca nada tenha confirmado neste capítulo.
Bateria pequena mas a permitir condução em modo elétrico
Confirmado, está, pelo contrário, que, na base desta vertente elétrica, estará uma bateria de iões de lítio de 3,8 kWh, montada dentro do túnel de transmissão como forma de manter o centro de gravidade o mas baixo possível, e que pode ser carregada por completo, através de uma tomada externa de 7 kW, em cerca de 30 minutos. Ou, então, através de uma conjugação de esforços entre a travagem regenerativa e o motor de combustão, e que a Lamborghini garante demorar apenas seis minutos.
De resto, outra das vantagens, desde já, anunciadas como resultado da inclusão desta componente elétrica, é o facto do LB744 poder circular em modo puramente elétrico, solução que, com a velocidade estabilizada, leva ao accionamento apenas das rodas dianteiras, com a tracção a passar para as quatro, sempre que mais potência for solicitada. Ainda assim e devido ao tamanho diminuto da bateria, as expectativas são de que a autonomia elétrica não ultrapasse os oito quilómetros.
Ao mesmo tempo e porque a bateria passa a estar localizada no espaço habitualmente ocupado pela caixa de velocidades, a Lamborghini assume ter sido obrigada a desenvolver, também, uma nova transmissão automática de dupla embraiagem e oito velocidades, mais compacta (mede apenas 56 cm de comprimento e 75 cm de largura) e leve (193 kg), para posicionar logo atrás do V12, em posição transversal. Solução que a Lamborghini não colocava em prática desde o icónico Miura de 1966 e que, destaca o fabricante, também ajuda na distribuição de peso.
Mais novidades em breve
Apesar de todas estas "revelações", a Lamborghini terminou este primeiro levantar do véu sobre as características técnicas do seu futuro superdesportivo híbrido plug-in com a promessa de revelar mais pormenores sobre o mesmo, nas próximas semanas. Com a certeza, no entanto e conforme já fizeram questão de anunciar vários dos responsáveis da marca de Sant'Agata Bolognese, de que esta será uma proposta totalmente nova.