Baseado no radical Performante, o renovado Huracán Evo debita 640 cv de potência e recebeu um novo sistema eletrónico de controlo dinâmico que adivinha o que o condutor quer fazer a seguir
A capacidade de prever o que o condutor vai fazer a seguir é uma das virtudes do Lamborghini Dinamica Veicolo Integrata (LDVI). Trata-se de um sistema que a marca acaba de aplicar ao novo Huracán Evo, que controla tudo o que se passa com o chassis, em função das informações recebidas pelo conjunto de acelerómetros e sensores giroscópicos da LPI (Lamborghini Piattaforma Inerziale). Estes medem a aceleração, rolamento, efeito de mergulho e deriva lateral a todo o momento.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529174.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529091.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529092.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529093.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529094.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529095-1.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529096.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529097-1.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529098.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529099-1.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529100.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/08/529101.jpg]A suspensão pilotada utiliza novos amortecedores MR (magneto reológicos), que utilizam partículas magnéticas microscópicas misturadas com o óleo, que reagem a campos magnéticos aplicados a cada momento. Assim se altera a viscosidade do fluído e a firmeza do amortecedor, tudo gerido pela referida unidade de controlo eletrónico. O sistema assume aqui a sua geração dois e conjuga-se com um novo sistema de controlo de tração, novo sistema de rodas traseiras direcionais e com vetorização de binário a atuar em ambos os eixos, sendo capaz, se necessário, de enviar toda a potência para uma só roda.
A capacidade de processar todas estas informações e reações a cada momento permite ao Huracán Evo um nível de controlo superior, incluindo o tal reconhecimento das intenções do condutor, através das ações deste sobre o volante, travões, acelerador, mudança engrenada e modo de condução selecionado através do sistema ANIMA (Strada, Sport e Corsa).
Há também fatores distintivos no design do novo modelo, associados a novos objetivos aerodinâmicos. O para-choques dianteiro tem entradas de ar maiores e um splitter integrado. Visto de perfil encontram-se também alterações nas entradas de ar laterais. É, no entanto, na traseira que o Evo mais anuncia o seu caráter, com uma grelha a toda a largura, que lembra um pouco a do "primo" Audi R8. As ponteiras de escape também são diferentes e estão colocadas mais acima, enquanto a asa traseira integrada muda de figura e melhora a força descendente, ajudada pelo efeito da aerodinâmica inferior criada pelo fundo aerodinâmico.
Mais eficaz e controlável que nunca, o Huracán domina assim a força acrescida do seu motor V10 atmosférico de 5,2 litros, que agora debita 640 cv (mais 30), ou seja, a mesma potência do Huracán Performante lançado em 2018. Esta potência máxima é atingida às 8000 rpm, enquanto o binário máximo de 600 Nm fica disponível às 6500 rpm.
A acusar 1422 kg na balança, o Huracán Evo consegue uma relação peso/potência de 2,22 kg/cv, o que fica perto mas não bate os 2,15 kg/cv conseguidos pelo Performante. Mesmo assim, a aceleração de zero a 100 km/h faz-se em 2,9 segundos (9 segundos de 0-200 km/h), bastando uma distância de 31 metros para uma travagem completa a partir dos 100 km/h. Já a velocidade máxima se mantém nos 325 km/h.
O novo Huracán Evo vai custar 184 mil euros (antes de impostos) na Europa e as primeiras entregas deverão ocorrer na primavera.