Será disponibilizada já em 2019 a visão, através de uma série limitada, da tecnologia do Lamborghini híbrido que vai suceder o Aventador A Lamborghini confirmou, através das palavras do seu responsável técnico, Maurizio Reggiani, que o sucessor do Aventador irá contar com o poder extra conferido pela eletrificação. A chegada deste modelo está planeada para 2020, ano em que chega também o SUV Urus em versão híbrida, mas já no próximo ano vamos poder ficar a conhecer qual escolha da marca do touro no que se refere às tecnologias. Essa é a informação agora avançada pela Autocar, afirmando que será revelado num prazo máximo de doze meses uma edição especial, de produção limitada, com a tecnologia híbrida que depois será aplicada aos modelos de Sant'Agatta Bolognese. E surge até a indicação de que esse modelo já foi mostrado aos potenciais clientes, num evento que decorreu em julho. É referido que a hibridização será mais uma exigência do que um desejo da marca. Algo que deriva das legislações que estão a ser introduzidas e que obrigam a reduzir as emissões dos automóveis. Mas isso coloca um problema, explica Maurizio Reggiani, referindo que "a lei vai determinar o nível de condução totalmente elétrica que necessitas. Há diversas discussões nessa área. Alguns dizem 20km, outros 30km e na China estão a surgir 50km. E normalmente só desenvolvemos um carro para todos os mercados". Estas frases confirmam a necessidade de baterias para armazenar a energia, que depois é canalizada para a motorização que combina um V12 atmosférico com um motor elétrico. Algo que é suportado até pelas declarações de Reggiani, considerando que "os motores turbo reduzem as emoções". Esta configuração deve significar um aumento no peso do Lamborghini híbrido que vai suceder ao Aventador, que deve ficar num valor entre 150 e 200kg. Isso significa que teremos um modelo mais pesado, mas com melhores acelerações e consumos inferiores. Isto numa fase inicial, pois o responsável técnico de Sant'Agatta Bolognese afirma que depois "vão surgir melhoramentos". Em princípio, a opção da Lamborghini será eletrificar o eixo dianteiro. No entanto, não com a configuração em que a potência é enviada através de uma transmissão convencional. Será antes um sistema híbrido 'dividido', em que os dois motores não partilham a transmissão. "A minha ideia pessoal é de que este será a melhor configuração, para dar mais controlo e gestão do chassis. Seria mais fácil ter total vetorização do binário na frente, para ajudar a compensar novamente o aumento do peso com mais agilidade", afirma este engenheiro da marca do touro. A configuração poderá, portanto, ser idêntica à do BMW i8, com duas caixas de velocidades. Uma está destinada ao motor de combustão, que envia a potência para as rodas traseiras, enquanto a segunda canaliza a força do propulsor elétrico. "Podemos ter uma caixa de velocidades na dianteira. Essa é a minha visão. Pode ser muito mais realizável ter o motor elétrico na frente porque não precisamos de qualquer eixo cardã. Acho que é a melhor solução", conclui Maurizio Reggiani. Esta deve ser uma solução para que o futuro Lamborghini híbrido consiga alcançar um desejo da marca: superar o recorde do Aventador SVJ em Nurburgring. Fonte: autocar