Envolvida há muito no "desafio" de atingir, e se possível até superar, as 300 miles per hour (mph), ou 482,80 km/h, com os seus hiperdesportivos, a Koenigsegg garante ainda não ter desistido de tal meta, com o seu mais recente hiperdesportivo, o Jesko Absolut. Embora e como o próprio fundador reconhece, seja "algo de verdadeiramente assustador".
Depois de, ainda em março de 2020, ter apresentado a sua mais recente criação, o Jesko Absolut, com o objectivo assumido de conseguir ultrapassar, com o seu novo hiperdesportivo, a marca dos 482,80 km/h (300 mph), a verdade é que, até hoje e ao contrário do que sucedeu com rivais como a Bugatti, que com o Chiron Super Sport 300+ conseguiu atingir os 490 km/h, a Koenigsegg continua sem conseguir cumprir o prometido.
Facto que, acabou, de resto, sendo tema de conversa numa entrevista com a revista britânica Top Gear, em que o fundador e presidente da marca sueca de hiperdesportivos, Christian von Koenigsegg, voltou, contudo, a reafirmar o objectivo. Ainda que seja, conforme o próprio também confessou igualmente, "algo de verdadeiramente assustador".
"Quando fixámos o recorde da velocidade máxima mais alta para um carro de produção homologado para o dia-a-dia, com o Agera RS, atingindo os 445,78 km/h (277 mph) nas duas direcções, confirmámos que é algo super-perigoso", confidenciou Von Koenigsegg, acrescentando que, "talvez numa pista fechada, como é o caso de Ehra-Lessien [a pista propriedade do Grupo Volkswagen], seja possível suavizar um pouco esse aspecto, porque a verdade é que é muito assustador."
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Desta forma e embora assumindo que será "uma pena não mostrar tudo aquilo que [o Jesko Absolut] consegue fazer", será sempre imprescindível "verificar e escolher bem o local, a estrada, e contar com um condutor experiente".
Recordar que o circuito de Ehar-Lessien, na Baixa Saxónia, Alemanha, foi exactamente o local onde as unidades sem quaisquer limitações do Bugatti Chiron Super Sport 300+, assim como do Veyron Super Sport antes, foram levados até ao limite. Com o primeiro a conseguir, mesmo bater o recorde mundial de velocidade para automóveis de produção homologados para estrada.
Recorde, sim; mas com carro homologado
Mas se, o piscar de olho ao Grupo Volkswagen, para que permita à Koenigsegg tentar bater o recorde na própria "casa" da rival Bugatti, é algo que até pode soar a desafio ao construtor alemão, já as afirmações de Christian von Koenigsegg, precisando que o recorde destina-se a automóveis com a respectiva homologação para utilização nas estradas do dia-a-dia, é uma clara alfinetada em rivais como a Hennessey. Cujo Venom F5, recorde-se, anunciou a promessa de atingir a icónica marca dos 300 mph, mas sem estardevidamente homologado para uma utilização diária, uma vez que não possui, sequer, airbags!
Na entrevista, o fundador da Koenigsegg não deixou de destacar o facto do Jesko Absolut cumprir todos os regulamentos para poder ser utilizado no dia-a-dia. O que veio trazer não apenas complexidade e peso, como também uma redução na potência disponibilizada pelo motor.
"Se aceitarmos que carros não homologados podem lutar pelo recorde, então, vamos ter de permitir que também os protótipos que fazem as suas tentativas nas planícies de sal, possam concorrer; afinal, eles também não têm airbags, limitadores de emissões, ou electrónica de controlo conhecida como OBD. Conseguindo, também por isso, atingir velocidades na ordem das 1.000 mph [1.609,34 km/h]".