Koenigsegg Gemera tem um diferencial de… cassetes?

O Koenigsegg Gemera é o primeiro carro de quatro lugares da marca sueca, assim como o seu primeiro modelo com tração integral.

Foi apresentado em 2020 e, de acordo com o fabricante automóvel, é um grand tourer híbrido plug-in com prestações de hipercarro, anunciando 1700 cv de potência combinada para a versão com um motor de três cilindros, com 2,0 l de cilindrada. Ou 2400 cv, se estivermos a falar da versão equipada com o motor V8 do Jesko.

Como se esta criação não fosse invulgar e engenhosa o suficiente, a Koenigsegg acaba de revelar que o Gemera não tem um diferencial tradicional. Algo que o fundador, Christian Von Koenigsegg, explica, no seguinte vídeo, partilhado pela marca no Youtube.

Afinal, como é que funciona?

Emparelhada com o V8 biturbo de 5,0 litros do Gemera, está uma transmissão Light Speed Tourbillon (LST) de nove velocidades, desenvolvida pela própria Koenigsegg.

Contudo, em vez de utilizar juntas homocinéticas ligadas a um diferencial, esta transmissão possui duas “cassetes” em cada lado, responsáveis por transferir a potência para as rodas.

Cada cassete possui, por sua vez, uma embraiagem hidráulica que regula a distribuição de potência para a respetiva roda. Este sistema funciona de forma semelhante a um diferencial eletrónico de bloqueio, mas, ao invés das peças estarem alojadas numa única unidade, estão separadas.

O Gemera está equipado com tração integral, possuindo um eixo de saída da transmissão LST que se liga ao eixo dianteiro.

No final deste eixo, está um motor elétrico e um mecanismo semelhante a um diferencial, que é composto por uma engrenagem cónica e embraiagens hidráulicas para cada roda dianteira.

Trata-se de uma solução bastante inovadora e que permite possibilidades únicas. A marca salienta, inclusive, que o Gemera é o único automóvel com um único motor elétrico que possui vectorização de binário totalmente variável nas quatro rodas, assim como vectorização do binário na travagem.