Dois elétricos por ano a partir de 2023 para ter uma gama com 14 modelos deste tipo em 2027 é o objetivo estratégico da Kia divulgado durante o "CEO Investor Day" de 2022. Entre as novidades de produto destaque para o novo SUV KV9 já em 2023 e duas pick-up elétricas. A Kia também vai lançar novos serviços conectados e investir na tecnologia de baterias.
A Kia pretende lançar dois modelos elétricos a bateria por ano a partir de 2023 para passar a deter uma gama com 14 veículos deste tipo em 2027, segundo revelou a marca sul-coreana durante o evento virtual "CEO Investor Day" de 2022.
Relativamente ao plano anterior apresentado em 2020, que previa o lançamento de 11 novos modelos até 2026, a Kia acrescenta duas pick-up elétricas, sendo uma delas produzida a partir de uma plataforma específica e outra que será um modelo estratégico para mercados emergentes, assim como um modelo BEV de nível básico.
Para reforçar a sua posição de destaque no segmento dos veículos elétricos, a Kia vai introduzir o novo modelo KV9 no seu portefólio em 2023, um SUV com comprimento de cinco metros, mas com uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h de apenas cinco segundos e autonomia de 540 quilómetros com carga completa. Um carregamento rápido em somente seis minutos permitirá recuperar autonomia para 100 quilómetros.
O Kia EV9 irá estrear dois serviços na marca - OvertheAir (OTA) e Funcionalidades a Pedido (Features on Demand, FoD) -, que permitirão aos utilizadores adquirir seletivamente funções de software. Além disso, este será o primeiro modelo a estar equipado com a avançada tecnologia de condução autónoma AutoMode, da Kia.
Otimização dos centros de produção
O lançamento dos novos modelos novos, incluindo o EV9, permitirá à Kia aumentar as vendas de elétricos a bateria, de 160 mil unidades em 2022 para 807 mil em 2026 e 1,2 milhões em 2030.
Relativamente ao objetivos de vendas anunciados no CEO Investor Day de 2021, isto representará um aumento de 36%. A Kia prevê que mais de 80% das suas vendas de BEV no ano de 2030 tenham origem na Coreia do Sul, América do Norte, Europa e China, sendo que esse tipo de automóveis deverá representar uma parcela de 45% das vendas totais da marca nesses mercados.
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Para responder à representatividade de veículos elétricos na gama, a Kia vai fazer alterações nos papéis das suas diferentes unidades de produção. A Coreia do Sul servirá como centro de investigação, desenvolvimento, produção e fornecimento de veículos elétricos, enquanto que outros centros de produção mundiais fabricarão veículos elétricos estratégicos para cada mercado.
Na Europa, por exemplo, os veículos de pequena e média dimensão começarão a ser produzidos em 2025. Já nos EUA, onde os SUV médios e as pick-ups são muito populares, a produção destes veículos passará a ser feita localmente a partir de 2024. Na China, a Kia prevê a introdução de modelos elétricos de média dimensão nas suas linhas de montagem a partir do próximo ano; finalmente, na Índia, planeia começar a produzir modelos VE básicos e médios em 2025.
Joint-venture para baterias
A Kia também pretende ter um papel determinante no fornecimento e procura de baterias, além de de melhorar a tecnologia deste componente. As estimativas apontam para um crescimento da procura dos 13 gWh para os 119 GWh em 2030, devido ao aumento das vendas de VE.
A Kia planeia fornecer baterias cujas células serão fabricadas através de uma joint venture com um produtor indonésio, estabelecendo simultaneamente um sistema de oferta e procura de baterias com base num esquema de outsourcing que envolve fabricantes mundiais.
Além disso, a empresa prevê aumentar a densidade de energia das suas baterias em 50% até 2030 e reduzir os custos de produção em 40%, melhorando não só o desempenho como a competitividade em matéria de preços.
Além da aceleração da eletrificação da gama e vendas anuais de 1,2 milhões veículos elétricos a bateria até 2030, o plano estratégico da Kia prevê igualmente alcançar quatro milhões de vendas anuais de automóveis, incluindo mais de dois milhões de modelos ecológicos; expandir a aplicação da funcionalidade "connected car" e as tecnologias de condução autónoma a todos os seus novos modelos; e tornar-se a marca número 1 mundial em veículos para fins específicos (Purpose Built Vehicles, PBV).