A situação foi já publicamente assumida pelo novo CEO da Jaguar Land Rover (JLR), Thierry Bolloré: numa altura em que procura voltar aos lucros, o fabricante britânico perde mais de 100 mil vendas por ano, em todo mundo, devido a problemas relacionados com a qualidade nos seus modelos.
O reconhecimento deste problema, que inclusivamente e segundo o mesmo responsável, acaba afectando até mesmo a imagem das duas marcas do grupo, a Jaguar e a Land Rover, foi feito em declarações à norte-americana Automotive News. Com Bolloré a acrescentar que, precisamente com o objectivo de acabar com esta situação, a Jaguar Land Rover está já a desenvolver "melhoramentos profundos" nos seus produtos.
"A insatisfação dos nossos clientes tem resultado, realmente, num corte enorme, naquele que é o nosso volume natural. As oportunidades perdidas têm sido imensas. Na verdade, são mais de 100 mil vendas que poderíamos ter concretizado", afirmou o CEO da Jaguar Land Rover (JLR).
De resto e num momento em que o fabricante assumiu já a intenção de elevar o posicionamento, quer da Jaguar, quer da Land Rover, com os seus futuros produtos, Bolloré garante que tem vindo a direccionar todos os seus esforços no sentido de uma melhoria da qualidade dos carros da JLR, sendo que, os primeiros sinais, são, na sua opinião, muito positivos.
Aliás e segundo o francês disse já a um grupo de investidores, durante uma conferência online na passada sexta-feira, o índice de insatisfação dos clientes, relativamente aos modelos ano 2021, acaba de registar uma "descida recorde".
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"Estamos a reduzir a complexidade dos nossos modelos", explicou Bolloré, acrescentando que, "esses esforços levarão a que menos aspectos corram mal, uma vez que o processo deixará de ser tão complexo".
Igualmente a confirmar que a JLR está no bom caminho, surgem os custos decorrentes de ativação de garantias, os quais, de março a dezembro de 2020, não ultrapassaram, em média, os 680 dólares, perto de 565 euros. Valor que, embora possa parecer elevado à partida, é apenas metade do que o fabricante pagava, em média, no período homólogo de 2019.