Durante vários anos o mais estatutário dos modelos Jaguar, o XJ viu recentemente decretado o seu fim, sem que muitos conseguissem perceber porquê. No entanto, Thierry Bolloré, o novo CEO da Jaguar Land Rover, "explicou" agora as razões desta decisão...
Ingressado na Jaguar Land Rover (JLR) apenas em Setembro de 2020, o francês Thierry Bolloré é, actualmente, o novo homem-forte do principal grupo automóvel britânico. Sendo, também, o grande mentor daquele que é o novo plano estratégico, a que foi dado o nome de 'Reimagine', e que promete transformar radicalmente a JLR; a começar, pela Jaguar!
Depois do anúncio da transformação numa marca exclusivamente elétrica, Bolloré pretende, igualmente, que a Jaguar abandone, de vez, o objectivo outrora definido, que passava por fazer do emblema britânico, um rival directo da BMW. E, inclusivamente, com uma oferta capaz de "marcar em cima" todos os modelos do construtor alemão.
No entanto e entrado Bolloré, o francês contraria tal ideia, defendendo que a marca britânica não pode posicionar-se como uma espécie de alternativa ou opção directa, a qualquer outro construtor. Devendo, sim, afirmar-se segundo a sua própria identidade... e com uma oferta própria. Ou seja e dito de outra forma, não vale a pena manter uma proposta como o XJ, mantido, apenas e só, para rivalizar - mal - com o BMW Série 7...
Em declarações proferidas à também britânica Autocar, o novo CEO da JLR defende, inclusivamente, que, "o plano estratégico que eu desenhei, inicialmente, para a Jaguar Land Rover, apresenta-se, neste momento, já como o mínimo que podemos alcançar. O 'Reimagine' é um projecto que tem vindo a ser aplicado e eu estou impressionado com a quantidade de pessoas que mostram acreditar que podemos ir mais longe e mais rápido do que o inicialmente estipulado. Na verdade, o plano é, neste momento, um esforço de todos, enquanto equipa".
LEIA TAMBÉM
Decisão tomada. Jaguar vai tornar-se numa marca elétrica já a partir de 2025
De resto e ainda no entender de Bolloré, outro aspecto central na recuperação da Jaguar, além do retomar da identidade, é o elevar da fiabilidade. Algo que, recorde-se, nos últimos anos, tem afectado fortemente a imagem dos produtos do construtor, inclusivamente os da Land Rover - esta última, ainda assim e ao contrário da Jaguar, com um desempenho comercial de muito mais sucesso -, e que o francês acredita ser determinante na recuperação das marcas do grupo.