Depois de ter colocado um ponto final no modelo em 2019, a Jaguar pode agora estar a preparar o regresso de um rival para BMW Série 7 e Mercedes-Benz Classe S, capaz de assumir o espaço deixado vago com o desaparecimento do XJ. E que, além de tão ou mais luxuoso que o antecessor, será também exclusivamente elétrico.
A notícia foi avançada pela britânica Autocar, acrescentando que, esta nova proposta porta-estandarte, será revelada lá mais para o final de 2024. Seguindo-se o início da comercialização, já em 2025.
Quanto ao modelo propriamente dito, a mesma publicação avança que destacar-se-á, desde logo, por uma estética minimalista e sem qualquer ligação visível aos modelos que o antecederam. Prescindindo, igualmente, de óculo traseiro, o qual deverá ser substituído nas funções por uma câmara de vídeo, que, voltada para trás, projectará as imagens captadas num ecrã digital colocado na base do pára-brisas.
De resto, a Autocar também garante que os futuros elétricos Jaguar já não exibirão o famoso jaguar no topo do capot, mas apenas o nome da marca, tanto à frente, como atrás. Neste caso, escrita com novo tipo de letra e segundo uma estratégia que tem vindo a ser igualmente implementada na Land Rover.
Não um, mas três veículos elétricos
No entanto, tão ou mais importante do que os atributos estéticos, é, sem dúvida, a plataforma escolhida para esta futura berlina topo de gama e que é a nova arquitectura para veículos elétricos JEA - Jaguar Electrified Architecture. A qual, além de anunciar uma longa distância entre eixos, continua em processo de desenvolvimento, em exclusivo, para os futuros elétricos da Jaguar. Não estando previsto que venha a ser partilhada, por exemplo, com o próximo Range Rover EV.
Esta nova arquitectura deverá, de resto, servir de base, não somente ao novo XJ, mas a mais dois novos EV, entre os quais, um SUV cujas dimensões deverão ombrear com o também britânico Bentley Bentayga, além de um Grand Tourer de quatro portas.
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Resultado, igualmente, desta opção, todos os três elétricos disporão não só de tracção integral, como de quatro rodas direccionais. Ao mesmo tempo que, no domínio elétrico, deverão permitir carregamentos rápidos DC, capazes de assegurar uma reposição entre 10 e 80% da capacidade das baterias, com apenas 13 minutos de ligação à tomada.
Ainda entre as promessas, o anúncio de potências acima dos 455 cv, mas também de acelerações dos 0 aos 100 km/h entre os 3 e os 3,8 segundos. Isto, além de uma velocidade máxima na ordem dos 250 km/h e de autonomias, com baterias totalmente carregadas, entre os 620 e os 765 quilómetros
Gama atual com destino traçado
Em declarações também à Autocar, o director de design da Jaguar, Gerry McGovern, garantiu que, com a chegada desta nova geração de modelos ao mercado, toda a atual gama do fabricante será descontinuada, uma vez que os novos veículos terão um visual totalmente diferente.
"A partir do momento em que lancemos a nossa nova plataforma JEA, a transformação, na Jaguar, será dramática", garantiu, acrescentando que, "não queremos estar no mercado com carros de aspecto mais antigo e carros com uma estética nova".