É o adeus anunciado. Jaguar I-Pace não tem lugar no futuro da JLR

Apesar de ter sido o primeiro 100% elétrico a integrar a gama da Jaguar, o crossover I-Pace não fará parte do futuro da marca, diz a JLR.

Apesar de ter sido o primeiro modelo 100% elétrico a integrar a gama da Jaguar, o crossover I-Pace não fará parte do futuro da marca. A garantia foi dada pelo novo CEO da JLR, Adrian Mardell.

Entrevistado pela britânica Autocar, Mardel descartou, assim, àquilo que parecia ser já uma certeza, a continuidade do I-Pace, para lá da data do já anunciado relançamento da companhia, em 2025.

Na base desta suposta certeza, estavam as declarações do antecessor, o francês Thierry Bolloré, que chegou a garantir que o modelo tinha todas as potencialidades para se tornar cada vez melhor. Nomeadamente, com aquela que poderia ser uma segunda geração.

Jaguar I-Pace
O I-Pace foi o primeiro modelo 100% elétrico a fazer parte da oferta da Jaguar

No entanto e segundo o plano delineado pelo novo homem forte da anteriormente designada Jaguar Land Rover, o I-Pace já não fará parte da nova gama. Nem sequer como modelo de transição, relativamente a uma oferta que deverá começar a aparecer, senão no final de 2024, na primeira metade de 2025.

De resto e a marcar, igualmente, a entrada nessa nova, surgirá a nova arquitectura elétrica, com o nome de Jaguar Electrified Architecture (JEA), totalmente desenvolvida pela empresa. E que, segundo revelou o atual CEO à Autocar, "deverá ficar pronta, segundo me dizem, na primeira metade de 2025. Ou seja, dentro de dois anos, prazo que prefiro tomar como fiável, quando já estivermos a, entre nove a 12 meses, de distância".

Quanto ao I-Pace, o gestor britânico recorda que é, atualmente, vendido, maioritariamente, no Reino Unido e Europa Continental, com o objectivo também assumido de ajudar o fabricante a alcançar as metas estipuladas nestes mercados, em termos de emissões.

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Ao mesmo tempo, o modelo também tem dado o seu contributo no desenvolvimento dos novos veículos elétricos que a JLR pretende vir a lançar, a partir de 2025.

Aliás e já sobre esse futuro, Adrian Mardell assume que o objectivo, com aquela que será a futura gama elétrica da Jaguar, passa por valores de produção na ordem dos 4.000 carros por mês. Número que, diga-se, fica abaixo dos pouco mais de 5.000 veículos que o fabricante produziu, mensalmente, durante o primeiro trimestre do presente ano fiscal.