O diretor de criação da Jaguar Land Rover Gerry McGovern afirmou que decisões tomadas no passado conduziram a Jaguar à mediocridade e que não tem equidade de marca.
Numa reunião com investidores, o diretor de criação da Jaguar Land Rover Gerry McGovern foi brutalmente crítico com o estado atual da Jaguar. Ele admitiu que as decisões do passado prejudicaram a marca porque a tentativa de criar uma BMW britânica pela atração de tantos compradores de carros de luxo quanto possível se revelou um fracasso.
Segundo Gerry McGovern, essa estratégia fez descer o posicionamento da marca até à "mediocridade" sem "qualquer equidade". Contudo, há existe um plano para revitalizar esta marca detida pela Tata.
A Jaguar está a tentar subir o seu posicionamento no mercado para concorrer com a Porsche, Bentley e Maybach. A aposta passa pela reinvenção como uma marca puramente elétrica com produtos de baixo volume e elevadas margens.
O design dos futuros veículos irá dividir opiniões, mas Gerry McGovern diz que a marca não está preocupada se não agradar a todos. Ele acrescentou que tentar agradar a todos é uma "sentença de morte" e que foi isso que esteve na origem das dificuldades da marca nos tempos mais recentes.
Vendas em "boutiques"
Os novos modelos elétricos da Jaguar não poderão ser vistos em concessionários porque existem planos para os vender em "boutiques" reservadas exclusivamente para os produtos da Jaguar.
Relativamente a novos produtos, a Jaguar está a desenvolver a plataforma JEA que servirá de base para os três primeiros veículos elétricos. O primeiro será um GT de quatro portas com uma autonomia máxima de 700 quilómetros e um preço a partir de 100 mil libras (117 mil euros).
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O futuro modelo vai ser produzido na fábrica de Solihull, no Reino Unido, mas as caraterísticas técnicas só serão reveladas mais para o final deste ano, estando previsto lançamento em 2024 nalguns mercados selecionados. As primeiras entregas só deverão ocorrer em 2025.