Euro 7. Itália aponta Portugal entre os aliados com que bloqueará norma na UE

O ministro dos Transportes de Itália revelou que está em condições de, juntamente com os seus aliados, Portugal incluído, bloquear o Euro 7.

O ministro dos Transportes de Itália revelou, esta terça-feira, que o seu governo está em condições, juntamente com os seus aliados na Europa, de bloquear a entrada em vigor da nova norma anti-emissões Euro 7, na União Europeia (UE). Aliados dos quais faz parte, segundo revelou Matteo Salvini, Portugal.

A notícia foi avançada pela Automotive News Europe, recordando que, tanto os estados-membros da União Europeia (UE), como os legisladores comunitários, deverão arrancar com as negociações, visando esta nova proposta legislativa, ainda durante este ano. Sendo que, a entrada em vigor, está prevista para julho de 2025, no caso dos veículos ligeiros, e dois anos depois, no caso dos pesados.

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Recorde-se que, com esta nova norma Euro 7, a Comissão Europeia pretende apertar ainda mais os limites em termos de emissões de poluentes, entre os quais, o óxido de nitrogénio e o monóxido de carbono.

No entanto e segundo acaba de defender o ministro dos Transportes de Itália, o nacionalista Matteo Salvini, esta proposta é "um erro claro", não contribuindo, sequer, para uma melhoria em termos ambientais.

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Falando durante uma conferência sobre o mercado automóvel, em Verona, Itália, Salvini garantiu, porém, que a Itália, em conjunto com a França, a República Checa, a Roménia, a Eslováquia, a Bulgária, a Polónia, a Hungria e Portugal, têm já votos suficientes para bloquear a proposta da Comissão. Acrescentando que, "neste momento, somos uma minoria capaz de bloquear a proposta, mas queremos tornar-nos numa maioria".

Construtores estão contra o Euro 7

Recordar que, as afirmações agora proferidas pelo ministro dos Transportes de Itália, acabam apoiando a posição já tomada por vários construtores automóveis europeus, críticos da entrada em vigor desta nova norma, por entenderem que é demasiado onerosa, apressada e desnecessária. Já a Comissão Europeia, defende a sua entrada em vigor como forma de cortar os níveis de emissões na União Europeia e prevenir novas situações como a do Dieselgate, envolvendo o grupo Volkswagen.