A versão mais equipada da pick-up de cabina dupla da Isuzu está disponível com três lugares, solução que vem de encontro à fiscalidade nacional, permitindo baixar o preço de aquisição, mas com o sacrifício de dois lugares. Um dos pontos fortes da pick-up D-Max consiste nas suas elevadas prestações em fora de estrada, ambiente onde dá cartas.
A venda de veículos da tipologia das pick-up era algo de simples no passado. Só era necessária uma carga útil generosa, um motor diesel económico, uma fiabilidade convincente e uma fiscalidade racional. E houve uma altura, na década de '90 do século passado, em que estas viaturas se vendiam bastante bem no mercado nacional, mas que de carros de trabalho pouco ou nada tinham. Mas a fiscalidade mudou, assim como os tempos e também a Isuzu D-Max.
As pick-up de nova geração não só têm de continuar a oferecer capacidades de progressão em todo-o-terreno para permitir o acesso a locais onde isso não é possível com outras viaturas, e uma elevada capacidade de carga, mas, também têm de ser confortáveis e disponibilizar um equipamento que vai além do básico.
A Isuzu D-Max está preparada para responder às necessidades dos novos tempos, contando com uma oferta bastante completa que inclui variantes de cabina simples, longa e dupla, com tração traseira (4x2) ou integral (4x4), para os segmentos do trabalho e do lazer.
Engenharia fiscal
Fruto da fiscalidade, mais de 90% das pick-up que se vendem no mercado nacional estão homologadas com três lugares e as marcas têm vindo a ajustar a sua oferta a esta realidade. A Isuzu disponibiliza derivativos com três assentos da pick-up D-Max, incluindo da variante de cabina dupla com tração integral, caixa metálica e nível de equipamento LSE (o mais completo na gama).
A principal alteração relativamente à versão base de cinco lugares consiste na remoção dos dois bancos traseiros, substituídos por uma pequena caixa de ferramentas. Esta solução de engenharia fiscal permite reduzir o valor a pagar em sede de ISV, traduzindo-se numa diminuição do preço de venda ao público de quase 5500 euros.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_exterior_001.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_exterior_002.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_exterior_002-1.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_exterior_003.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_exterior_004.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_exterior_005.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_exterior_006.jpg]O custo de utilização para uma empresa ou um empresário em nome individual poderá baixar ainda mais consideravelmente com a dedução do IVA no valor de aquisição ou na renda.
As restantes caraterísticas da D-Max de cabina dupla permaneceram inalteradas, designadamente o comprimento exterior de 5,27 metros, a largura de 1,87 metros e a caixa de carga com 1,57 metros.
Ambiente próximo de um SUV
As versões LSE são as mais equipadas da gama, distinguindo-se exteriormente pela grelha dianteira em tom Gun Met, igualmente presente nos espelhos retrovisores, os faróis Bi-LED com luzes de circulação diurna, as jantes de liga leve maquinadas de 18", os pára-choques na cor da carroçaria.
O ambiente interior da versão LSE da Isuzu D-Max aproxima-se mais de um SUV de segmento médio superior do que propriamente de um veículo de trabalho. O painel de bordo e os painéis das portas apresentam um revestimento integral em preto, os bancos são forrados a pele e possuem apoio lombar, assim como regulação elétrica para oito posições.
A visibilidade para a frente é excelente, graças à posição elevada de condução, aos espelhos bem dimensionados e o pilares relativamente finos. Os sensores de estacionamento traseiros e a câmara de márcha-atrás, que são de série na LSE, ajudam nas manobras.
A dotação de série compreende um sistema audio DVD premium com ecrã tátil de nove polegadas com apontamentos cromados. Além das habituais ligações por USB ou Bluetooth, o sistema permite a ligação a um smartphone por Apple CarPlay ou Android Auto. O ar condicionado bizona também é de série, contando com um difusor na parte traseira da consola central.
A longa distância entre-eixos de 3,13 metros permitiu disponibilizar um habitáculo espaçoso para os três ocupantes, mesmo aquele do lugar traseiro que tem ao seu dispor um banco "normal", confortável e com um bom apoio para as costas.
Motor robusto
O motor de 1,9 litros de 164 cv, associado a uma caixa manual de seis velocidades, revelou-se competente e eficiente, oferecendo uma elevada disponibilidade de binário a baixos regimes, mas a subida de rotação esgota muito rapidamente, obrigando a recorrer ao seletor da transmissão. No que se refere ao consumo de combustível, o computador de bordo registou um valor de 8,5 l/100 km, valor interessante para um veículo que em vazio pesa mais de duas toneladas.
A D-Max LSE conta com uma direção assistida elétrica, o que permitiu a introdução de avançadas tecnologias de assistência como o sistema de travagem de colisão frontal, assistente de manutenção na faixa de rodagem, limitador de velocidade inteligente, reconhecimento sinais trânsito, entre outros.
O rolamento da D-Max é muito mais sofisticado do que era tradicional nas pick-up. No entanto, a suspensão ainda é bastante saltitante com a caixa de carga vazia e também enfrenta algumas dificuldades em absorver os impactos provocados pelos ressaltos do piso.
[https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_interior_001.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_interior_002.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_interior_003.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_interior_004.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_interior_005.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2024/01/Isuzu-D-Max-LSE-Flex_interior_006.jpg]O refinamento do motor nunca foi o forte das pick-up e a D-Max não é exceção. Quaisquer solicitações adicionais do acelerador têm como resposta um maior ruído oriundo do compartimento do motor. O ruído aerodinâmico em volta dos grandes espelhos exteriores também é significativo.
O ruído da suspensão quase não se nota, o que ajuda a explicar porque motivo a D-Max se sente tão à vontade em pisos não asfaltados. As aptidões para fora de estrada são asseguradas por uma altura mínima ao solo de 24 cm, um ângulo de ataque de 30,5º e de saída de 24,2º. Para situações mais complicadas é possível não só engrenar as redutoras como bloquear o diferencial traseiro.
Conclusão
Com preço de venda ao público a partir de 45 160 euros, a Isuzu D-Max de Cabina Dupla 1.9D 4x4 LSE Flex constitui uma solução interessante para quem necessita de uma pick-up para trabalho ou para lazer e não necessita dos dois lugares traseiros que foram sacrificados em nome da engenharia fiscal.
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O ambiente a bordo do nível de equipamento mais completo LSE é mais sofisticado do que é habitual numa pick-up. O motor diesel de revelou-se eficiente e competente, mas, ao contrário dos principais concorrentes, só está disponível num nível de potência de 164 cv. Referência ainda para a garantia de cinco anos ou 100 000 quilómetros.
Isuzu D-Max Cabina Dupla 1.9D 4x4 LSE Flex
Preço 57 0455€ (60 479€ versão ensaiada)
Motor Diesel 4 cil, 1898 cc
Potência 164 cv às 3600 rpm
Binário 360 Nm
Transmissão Man, 6 vel
Tração 4WD
Peso 2055 kg
Comp./Larg./Alt. 5,27/1,87/1,79 m
Dist. entre eixos 3,13 m
Carga útil 1005 kg
Desempenho 9,8 s 0-100 km/h; 180 km/h Vel. Máx.
Consumo 8,4 (8,5*) l/100 km
Emissões 180 g/km
* Medições Turbo
GOSTÁMOS
- Fora de estrada
- Consumo
- Equipamento
NÃO GOSTÁMOS
- Caixa Flex
- Insonorização
- Ausência navegação