Proposta topo de gama que foi também a responsável por inaugurar o percurso da Hyundai no domínio dos SUV e crossovers, o Santa Fé estreou, ainda em 2020, a sua mais recente atualização, a qual passa a estar disponível também em Portugal. E na qual se destaca um design mais apelativo, um melhor equipamento, além de um conjunto de motorizações a que não falta sequer um PHEV. Mas apenas para julho.
Atualmente a referência da marca sul-coreana no domínio dos SUV, ainda que já acompanhado, dentro de portas, por várias outras propostas do género, como são os casos do Kauai ou do futuro Bayon (cuja apresentação nacional está já agendada para maio), a verdade é que o Hyundai Santa Fé continua sendo um modelo muito especial, para o construtor sul-coreano.
Protagonista de um percurso de mais de 20 anos, o qual começou com a apresentação daquela que seria a primeira geração, no Salão Automóvel de Genebra de 2000, o maior dos SUV da Hyundai conta, hoje em dia, com mais de seis milhões de unidades vendidas, somadas ao longo de quatro gerações. Número que, embora não fazendo deste modelo o crossover mais procurado na marca - esse papel pertence ao Kauai -, não deixa de contribuir, de forma decisiva, para os mais de 15 milhões de SUVs que o construtor já vendeu.
Em Portugal, onde os SUVs e crossovers representam já cerca de 40% do mercado, a chegada deste Santa Fé renovado é vista, igualmente com assumido agrado. Não apenas pelo facto do modelo ser "a montra tecnológica da Hyundai para a Europa", conforme faz questão de salientar um dos responsáveis da marca, mas também pelas profundas novidades e evoluções que exibe; muito acima, aliás, daquilo que é expectável num simples restyling!
Marcado, desde logo, pelo facto de estrear uma nova plataforma, já adaptada para a eletrificação, o renovado Hyundai Santa Fé começa por destacar-se, assim, por uma nova e substancialmente diferente aparência exterior, na qual as maiores alterações surgem na secção frontal. Marcada por uma grelha totalmente reformulada, além de ópticas Full LED para todas as versões, a que se junta, depois, alguns aspectos destinados a garantir a uma melhor aerodinâmica, como é o caso do mais baixo de centro de gravidade, ou da superfície inferior da carroçaria, mais lisa.
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Interior revolucionado e com melhor equipamento
Passando ao interior, também ele totalmente renovado e a manter apenas os sete lugares de série - cuja habitabilidade veio, aliás, beneficiar de um aumento, face ao antecessor, de 15 mm no comprimento, 10 mm em largura e 5 mm em altura, mantendo-se os 2,76 m de distância entre eixos -, a Hyundai Portugal destaca, depois, a introdução de tecnologias como o painel de instrumentos totalmente digital de 12,3", além do ecrã táctil de 10,25", parte do sistema de infoentretenimento, colocado no topo de uma consola central flutuante. Da qual faz, igualmente, parte, uma caixa de velocidades com tecnologia shift by wire, em substituição - definitiva da transmissão manual.
Aliás e num modelo cuja capacidade da bagageira também aumentou 24 litros, para os 571 l, ao mesmo tempo que manteve o enorme portão de accionamento elétrico, uma palavra para a aposta feita pela Hyundai Portugal no equipamento de série para este Santa Fé. Com o modelo a passar a integrar, de série, novidades como o Lane Following Assist, ou manutenção autónoma na faixa de rodagem, e o Sistema Remoto de Estacionamento Automático - tecnologia que permite que, recorrendo apenas ao comando da chave, fazer o SUV avançar, ou recuar, no lugar de estacionamento, sem que alguém esteja ao volante.
A juntar a estes argumentos, tecnologias como o Hyundai Bluelink, que permite encontrar, abrir e fechar o veículo, à distância; o Hyundai LIVE Services, que garante informações sobre o trânsito ou os postos de combustível em tempo real; o Apple CarPlay e Android Auto; ou até mesmo o Head Up Display, responsável por projectar toda a informação relevante para a condução, no pára-brisas. Tudo, de série.
Já em termos de segurança, o reforço do pacote de tecnologias de segurança Smart Sense, além da novidade Assistência de Prevenção de Colisões durante o Estacionamento à Retaguarda, ou PCA. Tecnologia que alerta para o surgimento de obstáculos na traseira, podendo, mesmo, aplicar autonomamente os travões, de forma a evitar a colisão.
Como opcional a acrescentar ao nível de equipamento Vanguard, o pack Luxury, que, por mais cerca de 1.300€, acrescenta alguns elementos de estilo ao exterior. Entre os quais, as jantes de 20", que assim substituem a solução de 18 polegadas, proposta de origem.
Motores: Diesel continua, mas em conjunto com híbridos
Passando às motorizações, destaque para a estreia, com este renovado Hyundai Santa Fé, dos motores Smartstream, na Europa, decisão que, em Portugal, é sinónimo de uma oferta composta por três motores. A começar, no já conhecido 2.2 CRDi a gasóleo de 202 cv e 440 Nm de binário, aqui conjugado com uma caixa automática de dupla embraiagem e oito velocidades (8DCT), e tracção apenas dianteira. Argumentos que lhe permitem anunciar uma descida de 0,5 litros no consumo combinado (6,3 l/100 km WLTP) e de menos 13% nas emissões (165 g/km WLTP), face ao antecessor, com prestações que passam pelos 9s na aceleração 0-100 km/h e pelos 205 km/h na velocidade máxima.
A par desta opção mais tradicional, duas outras motorizações já electrificadas. A primeira das quais, um híbrido 1.6 T-GDI HEV a anunciar 180 cv de potência e 265 Nm de binário, mais 60 cv e 27 Nm do motor elétrico. Valores que, somados, perfazem uma potência combinada de 230 cv e um binário de 350 Nm, ambos transferidos apenas para as rodas da frente, através da mesma transmissão 8DCT. Permitindo, assim, anunciar um consumo combinado de 6,7 l/100 km e emissões de 153 g/km, além de uma autonomia elétrica, resultante da opção por uma bateria de polímero de iões de lítio (colocada debaixo do assento do passageiro), com uma capacidade de 1,49 kWh, de 58 km em trajecto combinado, e de 63 km em cidade.
Finalmente e embora com chegada prevista ao mercado português apenas para julho, uma motorização híbrida plug-in, ou PHEV, disponível apenas na variante de tracção integral. E que, partindo do mesmo 1.6 T-GDI de 180 cv e 265 Nm, acrescenta-lhe, depois, um motor elétrico de 91 cv e 204 Nm, para anunciar 265 cv de potência combinada e os mesmos 350 Nm de binário. Além de um consumo combinado de gasolina de 1,6 l/100 km, com emissões de 36,9 g/km.
Graças, também, à bateria de maior capacidade (13,98 kWh), cujo tempo de recarga, com recurso ao carregador de bordo de 3,3 kW, ronda as 3h50m, a promessa, ainda, de uma capacidade de aceleração dos 0 aos 100 km/h em 8,8s, além de uma velocidade máxima de 187 km/h.
Diesel e híbrido a rivalizarem nos preços
Finalmente e no que diz respeito aos preços, a proposta do Hyundai Santa Fé Diesel por um valor a partir de 58.950€, ou seja, uma diferença de menos de mil euros, face ao HEV - 59.475€.
Quanto à motorização PHEV, cuja chegada ao mercado nacional só deverá acontecer em Julho, apresenta como valor de entrada 64.900€.
A procurar suavizar todas estas importâncias, a Hyundai Portugal anuncia, ainda, uma campanha de lançamento, até ao final de Abril, ao abrigo da qual propõe o novo Santa Fé, independentemente da motorização, com uma mensalidade de 395€, durante 60 meses, com uma entrada inicial de 22.813,50€ e uma TAEG de 4,9%. E, isto, já com a oferta da manutenção programada, além da garantia geral de 7 anos, sem limite de quilómetros.
Nos casos de retoma, a marca sul-coreana oferece mais 2.000 euros, em cima do valor de avaliação do carro que o cliente pretenda dar em troca.
Seja como for, a Hyundai Portugal acredita que, com este novo Santa Fé, será possível triplicar os números feitos pela anterior geração, no nosso País, e que se cifraram nas 300 unidades. Isto, com os seus responsáveis a acreditarem, igualmente, num mix de vendas equitativamente distribuído pelas três motorizações.
Assim e depois de terem vendido, entre 60 a 70 unidades, do Santa Fé, em 2020, a filial portuguesa da Hyundai espera, agora, conseguir chegar às 200 unidades, em 2021.