A Hyundai encontrou a cura para a monotonia dos automóveis elétricos. É um compacto desportivo de venda livre, com posologia muito simples: conduzir em circuito durante 20 minutos – em teoria dá para duas voltas ao Nordschleife de Nurburgring. Carregar durante 20 minutos. Repetir as vezes necessárias para reconhecer que os automóveis elétricos podem ser divertidos. Com 650 cv, distribuição variável do binário entre os dois eixos, autoblocante eletrónico traseiro e um tempo de 3,4 segundos no arranque até aos 100 km/h, não devem ser precisas muitas repetições.
São números expressivos, sem concorrência direta. O rival mais próximo acaba por ser o primo Kia EV6 GT (63 056 €), consideravelmente mais barato, mas com “apenas” 585 cv e menos possibilidades de configuração. A aceleração (3,5 segundos) é praticamente igual, tal como a autonomia, apesar de ter uma bateria de menor capacidade. O BMW i4 M50 xDrive (77 000 €) é outra opção. Tem 544 cv, é ligeiramente mais lento na prova de arranque (3,9 segundos) e, com bateria de igual capacidade, prolonga a autonomia até aos 519 km. Mas é tão envolvente, divertido de conduzir como o Hyundai Ioniq 5 N? Não! A capacidade de aceleração do Kia EV6 GT acompanha o Ioniq 5 N, mas falta-lhe o “fator pista” que faz do Hyundai uma máquina à parte.