A decisão está tomada: a Hyundai torna-se uma marca 100% elétrica, na Europa, já a partir de 2035. Medida que, de resto, se integra numa ambição mais abrangente e que passa por atingir a neutralidade carbónica, dez anos depois, em 2045.
O anúncio foi feito na abertura, à Comunicação Social, do Salão Internacional do Automóvel de Munique, Alemanha, num evento em que, além da apresentação mundial do novo concept que dará origem ao Ioniq 6, o Prophecy, a marca mostrou, ainda e pela primeira vez, ao público, o táxi-robot com base no recentemente lançado Ioniq 5.
No entanto, mais importante do que qualquer modelo, foi, sem dúvida, o anúncio da nova estratégia ambiental da Hyundai, a qual surge sustentada em três pilares. O primeiro dos quais, tem a ver com um esforço no sentido de assegurar uma "mobilidade limpa", nomeadamente, chegando a 2030 com os veículos elétricos a representarem 30% das vendas globais. Sendo que, 10 anos depois, os EV e veículos a hidrogénio deverá representar, já, cerca de 80% da vendas da marca.
Entretanto e ainda antes disso, em 2035, a promessa de disponibilização, na Europa, de uma gama exclusivamente 100% elétrica, tal como é desejo, já anunciado, da Comissão Europeia, com a garantia, igualmente, de que este processo estará finalizado, cinco anos antes, no Reino Unido. Isto, porque o Governo britânico anunciou já a intenção de proibir a venda de veículos novos com motores de combustão, a partir dessa data.
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Em termos de modelos, a Hyundai assume centrar esta ofensiva no crescimento constante da nova família Ioniq, cujo primeiro elemento, Ioniq 5, está já nos concessionários, estando igualmente a caminho o Ioniq 6. A par destes, o reforço da estratégia do hidrogénio, nomeadamente, através do lançamento de um novo SUV Nexo, além de um MPV, também a hidrogénio, e que deverá chegar em 2023. Seguindo-se, dois anos depois, o lançamento de um SUV de grandes dimensões, também a hidrogénio.
Finalmente e antes de tudo isto, a revelação, já esperada, de um desportivo a movido a hidrogénio, preparado pela divisão N, e que, com semelhanças com o Elantra N, deverá ser desvendado durante a apresentação do Hydrogen Wave, já na próxima terça-feira, durante o Salão Automóvel de Munique.
O segundo pilar
Quanto ao segundo pilar, centra-se no domínio das "plataformas de veículos", que a Hyundai encara, também, como novas "opções de mobilidade". Neste caso, materializadas no novo táxi-robot Ioniq 5, veículo com Nível 4 de condução autónoma e que deverá iniciar a sua atividade, nos EUA, já a partir de 2023.
Também neste domínio, a Hyundai está a trabalhar, igualmente, num conceito de "Mobilidade Aérea Urbana" (UAM) elétrica, para lançamento em 2028, e que tem por base o táxi voador S-A1, já revelado em 2020.
O terceiro pilar
Finalmente e como terceiro pilar, a intenção de desenvolver formas mais eficientes e menos poluentes, de fornecer energia às suas operações globais. Por exemplo, através do investimento no hidrogénio verde, tecnologia de carregamento do veículo para a rede (V2G) e soluções de baterias de segunda vida.
"O IAA Mobility é a ocasião perfeita para revelar a nossa visão global para a neutralidade de carbono", comenta o director de marketing global da Hyundai, Thomas Schemera, acrescentando que, "o IAA é mais um marco na jornada sustentável que temos pavimentado ao longo dos anos". Pelo que, "a Hyundai Motor permanecerá firme na busca da neutralidade de carbono e em liderar o desenvolvimento de soluções holísticas".
"Como provedor de soluções de mobilidade inteligente, a Hyundai também aspira fornecer soluções de energia para os negócios e a sociedade em geral. A mudança climática não será resolvida sem um esforço concentrado. Faremos o possível para fazer mais pelo Meio Ambiente, através de vários projetos de sustentabilidade, a apresentar nos próximos meses, convidando todos a juntarem-se a nós, nesta nossa jornada em direção a um futuro mais limpo", conclui.