Conhecida mundialmente como um dos maiores fabricantes de smartphones, a chinesa Huawei anunciou já a ambição de tornar-se um player relevante, também no sector automóvel. Ofensiva que começará pelos veículos elétricos (EV) e autónomos, com um investimento inicial de mil milhões de dólares, qualquer coisa como 840 milhões de euros.
Esta verba, revela também a Huawei, será investigada, basicamente, na investigação, no domínio do Veículo Elétrico (EV) e das tecnologias de Condução Autónoma. Algo que a tecnológica, anuncia agora, fará em conjunto com alguns grupos automóveis chineses como o BAIC Group, Chongqing Changan Automobile Co. e o Guangzhou Automobile Group Co.
A decisão agora divulgada vem, de resto, colocar a Huawei numa posição de concorrência directa com outro gigante tecnológico chinês, a Xiaomi, a qual também anunciou, recentemente, a intenção de entrar na produção de EVs, durante a próxima década. Sendo que, destinado a esta nova operação, a Xiaomi tem já previstos 10 mil milhões de dólares - pouco mais de 8,4 mil milhões de euros.
"A unidade de negócios de carros inteligentes vai receber uma das parcelas de investimento mais altos, dentro da Huawei", anunciou, já, o presidente rotativo da companhia, Eric Xu, a analistas, acrescentando que "Investiremos mais de um bilião de dólares americanos no desenvolvimento de componentes automóveis, ainda este ano".
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Xu recordou que, só a China, "vê entrar, todos os anos, 30 milhões de carros novos. Número que, de resto, continua a crescer. Pelo que, mesmo que decidamos não sair para fora das fronteiras da China, se conseguirmos ganhar uma média de 10.000 yuans [perto de 1.300 euros] em cada carro vendido no mercado chinês, já será um grande negócio para a Huawei."
Segundo avança o Yahoo Finance, a Huawei viveu um ano de 2020 particularmente difícil, com a expulsão (política) do mercado norte-americano, a qual veio prejudicar fortemente o seu então florescente negócio de venda de smartphones.
De resto e fruto desta situação, Ren Zhengfei, o fundador da Huawei, começou a direccionar a companhia para outras áreas de negócio, desde a agricultura inteligentes, até à Saúde e aos veículos elétricos.
Aliás, o atual presidente veio já afirmar o seu contentamento com os avanços conseguidos pela companhia, nomeadamente, nas tecnologias com vista à condução autónoma, as quais, garantiu, são melhores que as da norte-americana Tesla.
"Não sei se estavam apenas a gabar-se, mas, segundo fui informado pela minha equipa, os nossos carros conseguem cumprir um total de 1.000 quilómetros, sem qualquer intervenção humana. Ora, isso é muito melhor do que faz a Tesla", comentou, em declarações aos jornalistas, Eric Xu.