A entrar naquela que é a sua segunda geração, a berlina H5 é, por estes dias, a proposta intermédia da marca chinesa Hongqi, a qual é também o mais antigo fabricante de automóveis de passageiros chineses. Sendo que e no caso deste H5, trata-se de um rival assumido e declarado do BMW M5... com plataforma de Mazda6.
Ainda hoje apontada como um dos fabricantes automóveis chineses que melhores veículos fabrica, a verdade é que, a Hongqi, cujo nome significa "Bandeira Vermelha", já não é um fabricante isolado. Pelo contrário, foi integrada num outro grupo automóvel chinês, de posicionamento mais abrangente (fabrica não só automóveis, mas também camiões e autocarros), o First Automobile Works (FAW), ele próprio fundado em 1959.
De resto, é aí que começa a explicação para esta nossa peça, assim como para o facto de, um modelo como o H5, que pretende ser, na China, um rival directo do BMW Série 5, utilizar uma base muito distinta daquela que é a sua referência, ainda que igualmente "estrangeira".
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Responsável pelo fabrico do Mazda6 para os mercados da China, o grupo FAW decidiu aproveitar o relacionamento com Mazda Motor Corporation, para desenvolver uma segunda geração do Hongqi H5, baseada na plataforma que serve de base à terceira geração do modelo japonês.
Escolha que, acrescente-se, também explica o facto do novo Hongqi H5 ser ligeiramente mais curto que o atual BMW Série 5, embora dispondo de uma distância entre eixos maior do que, por exemplo, a de um Série 3.
Com motores a gasolina e híbridos
Na China, este Hongqi H5 é proposto, tanto com um motor 1.5 turbo a debitar 157 cv de potência, como com um quatro cilindros 2.0 Turbo com 224 cv. Blocos que são, depois, conjugados, no primeiro caso, com uma caixa automática de dupla embraiagem e 7 velocidades, enquanto o motor maior dispõe de uma solução também automática, com conversor de binário e oito velocidades.
No vídeo que aqui também reproduzimos, neste caso, com o devido reconhecimento ao youtuber Wheelsboy, o qual teve oportunidade de "sentir" este H5, nota para a opinião segundo a qual, até mesmo com a motorização mais potente, esta não ser uma proposta de fortes emoções. Situação que, ainda assim, não impede o modelo de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 7,5 segundos.
Para aqueles que já não abdiquem de algum nível de eletrificação, a Hongqi também disponibiliza, tanto um micro-híbrido, com base no mesmo bloco de 1,5 litros a gasolina, como um híbrido simples, baseado no mesmo motor a combustão.
Quanto a mais sensações deste rival assumido do BMW Série 5, o melhor será mesmo ver o vídeo, no qual o mais certo é que venha a ser chegar à conclusão de que, até mesmo com algumas uniões, de certa forma, improváveis, são cada vez mais os produtos automóveis chineses capazes de agradar aos consumidores europeus. Ou, pelo menos, a grande parte...